O atacante da seleção espanhola e do AC Milan, Álvaro Morata, revelou em entrevista à rádio COPE suas lutas contra a depressão e ataques de pânico, além das críticas severas que enfrentou durante o Campeonato Europeu e sua passagem pelo Atlético de Madrid. Morata compartilhou como essas experiências afetaram profundamente sua vida pessoal, especialmente sua relação com os filhos, chegando a sentir vergonha de sair em público com eles.
“Eu não sabia o que estava acontecendo comigo, mas foi muito difícil, especialmente quando você percebe que aquilo que você mais ama no mundo também é o que você mais odeia naquele momento”, afirmou Morata.
O jogador descreveu como os momentos de crise afetaram sua rotina familiar, tornando desconfortáveis atividades cotidianas, como sair para lojas ou restaurantes. “Eu tinha vergonha de estar com meus filhos; tinha vergonha de sair! Sempre acontecia a mesma coisa. Estranhos queriam compartilhar suas opiniões sobre as partidas que eu havia jogado”, explicou.
A pressão do futebol e as críticas recebidas após suas atuações, especialmente durante o Campeonato Europeu, agravaram sua situação emocional. Morata revelou que até seus filhos começaram a evitar saídas com ele, o que aumentou seu sentimento de culpa. “Eu me sentia culpado; tinha vergonha de estar perto deles”, desabafou o atacante.
Contudo, o jogador destacou que houve uma virada positiva após a conquista no Campeonato Europeu. “Vencer nos campos de futebol da Alemanha mudou a minha vida; eu fui notado”, afirmou Morata, referindo-se à vitória que o ajudou a recuperar sua confiança e mudar a perspectiva sobre sua carreira e vida pessoal. Hoje, o atacante busca conscientizar outras pessoas sobre a importância de cuidar da saúde mental.