Szymon Marciniak, árbitro da final da UEFA Champions League entre Manchester City e Inter de Milão, recebeu uma denúncia por palestrar em um evento de extrema-direita, na última segunda-feira (29). Após investigação da UEFA, o dono do apito veio a público pedir desculpas.
Em um comunicado divulgado pela Fifa, Marciniak afirmou não saber o cunho político do evento em que palestrou.
“Quero expressar minhas mais profundas desculpas pelo meu envolvimento e qualquer aflição ou dano que possa ter causado. Eu não sabia que estava associado a um movimento polonês de extrema-direita. Se eu soubesse desse fato, teria recusado categoricamente o convite. É importante entender que os valores promovidos por este movimento são totalmente contrários às minhas crenças pessoais e aos princípios que busco defender em minha vida. Estou profundamente arrependido por qualquer percepção de que minha participação possa tê-los contradito“, disse o árbitro.
O polonês também afirmou que vai ajudar no combate à discriminação no futebol. Já a UEFA, que chegou a abrir uma investigação do caso, acatou as desculpas.
O que aconteceu?
Szymon Marciniak, que vai apitar a final da UEFA Champions League, palestrou em um evento, chamado de “Everest” e coordenado por Slawomir Mentzen, líder de uma Confederação ligada à extrema-direita.
A ideia do evento era dar a oportunidade de conexão entre as pessoas, além de uma degustação de cerveja. Apesar disso, alguns ativistas apontam que o principal objetivo era ganhar apoio político.
Marciniak é um dos árbitros de maior evidência no futebol mundial atualmente. O polonês, além da Champions, apitou a grande final da Copa do Mundo de 2022, entre França e Argentina, no duelo que deu o tricampeonato a Albiceleste.