Apesar do prestígio e do reconhecimento profissional por ser um dos dois árbitros brasileiros que atuaram na Copa do Mundo Catar 2022, a maré não anda muito favorável à Wilton Pereira Sampaio. Ele foi eleito um dos “vilões do ano” em matéria veiculada pela conceituada revista inglesa FourFourTwo. O árbitro brasileiro apitou o jogo que resultou na eliminação da Inglaterra nas quartas de final da Copa do Mundo, após derrota por 2 a 1 para a França.
O lance de maior reclamação dos ingleses foi uma falta não marcada em Bukayo Saka, no lance do primeiro gol da França, marcado por Thouaméni.
“Não foi nossa culpa, foi de Wilton Sampaio”, aponta a revista inglesa, que também cita um pênalti não marcado no primeiro tempo.
A reportagem, levada com bom humor, brinca que a Inglaterra “adora um bode expiatório” para as eliminações em Copas do Mundo, citando, por exemplo, a expulsão de David Beckham, em 1998, após provocação de Diego Simeone, da Argentina, nas oitavas de final.
“A gente tem que culpar alguém, viu: desculpa, Wilton”, brinca o repórter Mark White, que assina a matéria.
Árbitro brasileiro foi duramente criticado pelos ingleses
“O desempenho dele foi muito ruim, muito ruim. Desde que o jogo começou, nos primeiros 15 minutos a França fez cinco ou seis faltas muito duras, ele não deu um cartão amarelo sequer. Para mim, foi falta clara em Bukayo [Saka] no lance do primeiro gol [da França]. Para falar a verdade, não há nem palavras para explicar o tanto que ele foi ruim”, disse Harry Maguire, à BBC.
“Ele não foi nada bem, para ser honesto. Claro que todos podem ter um dia ruim, tanto jogadores quanto árbitros. Mas acho que ele estava no lugar errado hoje, em termos de ter o nível ideal para um jogo desse tamanho”, afirmou Jude Bellingham, à ITV.
Veja outros que foram apontados como heróis e outros como vilões, além do árbitro brasileiro
A FourFourtwo elegeu ainda Diego Costa, Leandro Paredes, Gianni Infantino e um assistente técnico de Gana (que tirou selfie com Son enquanto ele chorava) como os outros vilões do ano.
A revista também aponta os heróis, em lista, é claro, liderada por Lionel Messi. Os outros citados são Jake Daniels, Beth Mead, Achraf Hakimi Ehsan Hajsafi.