A vida do jogador de futebol americano, Michael Oher, já consagrado na NFL com a vitória no Super Bowl XLVII, de 2013, e protagonista do filme indicado ao Oscar, “Um Sonho Possível”, tem novas reviravoltas. Segundo o atleta, sua história foi distorcida e seus direitos financeiros, violados. E agora, ele busca justiça.
O polêmico caso está agora em julgamento no estado americano do Tennessee e tem como protagonistas não só Oher, mas também a família Tuohy, que na trama, ao adotá-lo, teria impulsionado sua carreira no futebol americano.
Segundo relatos do próprio Michael Oher, a adoção nunca ocorreu na vida real mas sim uma tutoria por parte dos Tuohys, que é diferente de uma adoção, pois permite ao tutor fazer negócios em nome do tutelado, e que gerou um grande lucro para a família em detrimento ao jogador.
E o dinheiro da família Tuohy?
A posição de tutores possibilitou aos Tuohys grandes ganhos financeiros e controle das negociações do jogador. Oher afirma que a família recebeu cerca de R$ 1,1 milhão devida à adaptação cinematográfica de sua vida, enquanto ele, protagonista da história, não recebeu nada.
Michael em seu livro de memórias “I Beat the Odds”, revelou que foi enganado em 2004, quando assinou um documento a pedido dos Tuohys para que os tornasse seus tutores. Ele afirma que eles o persuadiram de que ser tutor e ser pai adotivo eram a mesma coisa.
Consciente da situação, Oher agora busca encerrar a tutela e cobrar do casal sua parte nos lucros e as devidas indenizações. Eles por sua vez negam que tenham agido de má fé e garantem que compartilharam a receita do filme com Oher.
Apesar da polêmica, Oher já declarou ser grato ao filme, uma vez que este denuncia uma realidade de muitas crianças abandonadas nos Estados Unidos e evidencia a importidade do esporte como forma de ascensão social. A petição só ocorreu recentemente pois o atleta estava focado em seus compromissos na NFL e não teve tempo de analisar as questões contratuais.