Os patrocínios são uma das fontes de renda mais importantes de um time de futebol. Mas, assim como quase tudo, é preciso ter um algum pioneiro para os que demais percebam o sucesso e sigam a ideia. No Brasil, quem estampou uma marca em seu uniforme pela primeira vez foi o Democrata de Sete Lagoas, de Minas Gerais.
O primeiro acordo foi selado em 1982 após o Conselho Nacional de Desportos (CND) acabar com a proibição de patrocínios nos uniformes. O valor foi na casa dos 500 mil cruzeiros (algo equivalente a R$ 19 mil na cotação atual). Foram duas marcas estampadas: a Equipe, que fornecia o material esportivo para o Democrata e o banco Agrimisa.
Apesar do Democrata-SL ser considerado o pioneiro no assunto, existe uma história que afirma que outra equipe do futebol brasileiro teve um patrocínio em seu uniforme. Em 1948, o Bangu, tradicional time do Rio de Janeiro, tinha o logo do “Tecidos Bangu” no lugar do seu escudo.
Essa parceria vem da proximidade do clube com a fábrica, afinal o Bangu surgiu nos arredores do local, onde os funcionários, que praticavam o futebol após o expediente, decidiram fundar a equipe.
Em 1937, Dr. Silveirinha, que era o dono da fábrica Bangu, decidiu investir no futebol, inclusive construindo o estádio de Moça Bonita, atual casa da equipe carioca. Além disso, contratou jogadores famosos e fez excursões pelo mundo para exibir a sua marca.
Na época, a Fifa proibia patrocínios nos uniformes dos clubes, mas como a fábrica e a equipe tinham o mesmo nome, a entidade não pôde fazer nada para impedir. A camisa se tornou histórica juntamente com a equipe daquele ano.
*Com informações do site “Ultima Divisão”.