Advogado da mulher que denunciou Robinho e Ricardo Falco por estupro, Jacopo Gnocchi ressalta que os áudios divulgados pelo podcast “Grampos de Robinho” corroboram a brutalidade do crime que a garota sofreu.
“É importante deixar que as pessoas ouçam o que aconteceu, porque vai além da violência em si. A esperança é que as mulheres, as vítimas, denunciem, porque sem denúncia não há julgamentos e sem julgamentos não há condenação de culpados”, afirmou Jacopo.
Gnocchi diz que a mulher nunca ouviu os áudios originais em português, apenas leu as transcrições em italiano. “Mas o efeito que o público deve estar tendo ao ouvi-los é o mesmo que a vítima teve ao ler as transcrições. Foi um momento brutal”, afirmou.
Segundo ele, a mulher albanesa está “totalmente confiante” na Justiça brasileira e tenta seguir em frente. “Os anos se passaram, mas ela está esperando que essa sentença seja cumprida.”
Relembre o caso
O caso aconteceu em Milão, na boate Sio Cafe, durante a madrugada de 22 de janeiro de 2013. A vítima é uma mulher albanesa que, na época, comemorava seu aniversário de 23 anos. Além de Robinho, outros cinco brasileiros foram denunciados por terem participado do ato.
Robinho não compareceu a nenhuma das audiências nos quase seis anos de julgamento. O caso voltou à tona em outubro de 2020 quando o site “Globoesporte.com” publicou trechos de conversas interceptadas pela polícia italiana, nas quais Robinho e os amigos fazem “pouco caso” da vítima e admitem o crime.
Desde a condenação, Robinho vive longe dos holofotes. O ex-jogador não possui redes sociais e vive isolado em uma casa na cidade de Santos. Ele é visto com frequência no CT Rei Pelé, graças ao seu filho, Robson Júnior, que passou em um teste no clube para atuar na categoria sub-15.