O caso Daniel Alves ganhou mais um novo capítulo nesta semana. O advogado do jogador brasileiro, Cristóbal Martell, solicitou duas medidas para a próxima fase do processo, que é o exame psicológico da mulher que acusa o lateral-direito de estupro.
Cristóbal Martell pediu que um perito particular, contratado por ele, acompanhasse o profissional designado pelo Tribunal na entrevista com a denunciante. E não foi só isso.
O advogado pediu, ainda, que o exame psicológico fosse gravado. O pedido já havia sido recusado pelo juizado, mas o advogado do jogador brasileiro não se satisfez com a decisão. Entrou com um recurso para tentar a permissão da gravação.
A advogada da vítima, Ester García López, afirma que ela e a procuradora do caso já se opuseram tanto à gravação como à participação do perito particular na avaliação psicológica.
Este é o último procedimento do processo. Assim que o laudo for emitido, a Justiça espanhola vai marcar a data do julgamento de Daniel Alves. A sentença deve sair ainda neste ano.
“Equívocos” da defesa de Daniel Alves podem prejudicar julgamento do jogadores
Antes de prestar depoimento, Daniel Alves gravou um vídeo e divulgou ao portal de notícias espanhol ‘Antena 3’ em que afirmava nunca ter visto a mulher que o acusa, antecipando a estratégia da defesa de negar tudo.
Quando viajou para Barcelona, decidiu voluntariamente se apresentar à Justiça para prestar depoimento – coisa que ele poderia ter feito à distância, no México. A defesa de Daniel sabia que ele seria preso e não evitou a viagem a Barcelona.
Ao saber da possibilidade de prisão, a advogada Miraida Puente tentou ser recebida pela juíza do caso, que não aceitou o contato. Ainda assim, Miraida não recomendou que o jogador ficasse calado em juízo.
Daniel Alves também mudou de versão em frente à juíza do caso e se contradisse diversas vezes. Ao ter sido confrontado sobre provas apresentadas pela vítima, ele afirmou que a conhecia, mas que a relação sexual entre os dois teria sido consensual. As contradições foram fatores importantes para que a juíza decretasse a prisão provisória.