Abel Ferreira confirma que pode deixar o Palmeiras se violência continuar

Após a vitória palmeirense frente ao Guarani pelo Campeonato Paulista, o técnico Abel Ferreira fez um longo desabafo sobre a situação do futebol no país que culmina com a violência entre torcidas organizadas.

O técnico português cobrou do Ministério Público para que medidas drásticas sejam tomadas e que as entidades organizadoras se posicionem para combater atos de violência. Tais declarações têm origem na briga generalizada de torcidas que ocorreu em Belo Horizonte, horas antes do clássico entre Cruzeiro e Atlético e que deixaram uma pessoa morta.

“Hoje entrei aqui nessa coletiva de imprensa, (e pouco antes) me disseram que tinha havido uma rixa num jogo, inclusive acho que morreu uma pessoa. É preciso morrer quantas mais?”, afirmou o bicampeão da Libertadores.

Abel seguiu sua fala em tom de temor não apenas para si, mas para sua família e também aos jogadores:

“É preciso passar à ação. Palavras, o vento leva. Isso me preocupa muito. A segurança me preocupa muito. Quando entrei aqui e vi as imagens no México e me dizem que se passa a mesma coisa no Brasil, vou ter que pensar muito bem no que quero para minha família, para mim e meus jogadores”

Episódios de violência vêm sendo frequentes no futebol

Recentemente uma onda violência vem ganhando destaque infelizmente no futebol nacional. Antes de uma partida pela Copa do Nordeste, torcedores do Bahia, arremessaram artefato explosivo dentro do onibus que deslocava a delegação do clube a caminho do jogo, tendo ferido o atleta Danilo Fernandes.

Antes do clássico Gre-nal, torcedores do Internacional atiraram uma pedra contra o ônibus da delegação gremista, tendo quebrado o vidro e acertado o atleta Matias Villassanti, o qual teve como consequência uma concussão cerebral.

No sábado, último dia 5, houve uma briga generalizada de torcedores no México, no confronto entre Querétaro e Atlas; 3 torcedores estão em estado graves conforme manifestação do governo local.

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