Wagner Santos, também conhecido como Dida, tem chamado a atenção, exatamente pela ascensão que é explicada pelo apelido. Jabaquara, Capão Bonito, Mauá, são as cidades de São Paulo onde o atleta realizou a carreira, antes de caminhar para buscar melhores oportunidades em Portugal. Em um primeiro momento, atuaria pelo Fiães SC, em Aveiro.
A oportunidade chegou como uma surpresa, já que um empresário foi o responsável por levar o atleta para esse pequeno clube, no qual mantinha certa relação. Na equipe, Dida, aos 23 anos, conseguiu provar sua motivação e desejo de alinhar o trabalho ao talento, caminhando ao profissional. Bruno Batista, treinador do atleta no ano de chegada à Europa, contou ao ‘zerozero’.
“Havia lá na zona uma pessoa que fazia obras e precisava de gente, por isso falava com o Dida e ele mostrava sempre essa disponibilidade. Não havia mais colegas [de equipe] a trabalhar com ele, era acima de tudo porque tinha a vontade e necessidade de ajudar a família no Brasil”, diz o técnico, entendendo que os esforços poderiam ser prejudiciais em um primeiro momento.
Dida se arriscava entre as necessidades financeiras
Além do talento que demonstra um diferencial dentro dos gramados, Dida aproveitava a altura e a força, proporcionada pelos treinamentos pelo esporte, para se integrar na comunidade local e, além de tudo, ganhar mais dinheiro. O objetivo era justamente pensando em contribuir para a família. No entanto, o receio sobre o trabalho era evidente nos bastidores.
“Quem trabalha neste nível amador, sabendo que os jogadores têm outros trabalhos, tem sempre receios. Sentíamos o perigo de ele ter algum problema físico que nos seria prejudicial. Ele chegou a ter uma lesão e sentimos muita dificuldade, sofremos algumas derrotas. Mas no fim são as necessidades financeiras das pessoas, que querem uma melhor qualidade de vida”, explicou o treinador.