O Santos viveu temporada para ser esquecida em 2023, sendo rebaixado pela primeira vez em sua história, à Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro. No entanto, os fantasmas sobre o ano ainda aparecem ao time. Agora, a 3ª Comissão Disciplinar do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) passa a analisar nesta quarta-feira (31), os incidentes ocorridos no último confronto do Peixe.
Pelo Campeonato Brasileiro, a última rodada se concretizou em desafio contra o Fortaleza. A sessão no STJD será realizada às 10h, e a situação da equipe paulista é a quarta na pauta. O Santos foi denunciado no artigo 213 do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva) e pode ser punido sobre o mando de campo por até dez partidas, além de ser condenado à multa de até R$ 100 mil.
Vale ressaltar que, o artigo 213 do CBJD trata de “deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir”: I – desordens em sua praça de desporto; II – invasão do campo ou local da disputa do evento desportivo; III – lançamento de objetos no campo ou local da disputa do evento desportivo. Não será o primeiro momento em que o clube responderá por situações em seu estádio.
Santos analisa possibilidade de consequências mais equilibradas
De acordo com o advogado Rafael Cobra, presidente da comissão de direito desportivo da Ordem dos Advogados do Brasil, da subseção de Santos, é possível que o clube se depare com uma punição severa. Na visão do profissional, a situação ainda deve ser levada ao pleno do STJD, onde as consequências podem ser mais equilibradas.
“O julgamento perante a 3ª Comissão Disciplinar do STJD (1ª instância) será bastante delicado ao clube, levando-se em consideração os fatos ocorridos na partida, inclusive com seu encerramento precoce por falta de segurança, como relatado pelo árbitro em súmula. A tendência é que o julgamento de 1ª instância seja mais severo e, com a interposição de recurso, o Pleno do STJD pode tornar eventual punição mais equilibrada”, revelou.