Em semana agitada no futebol nacional, uma decisão nos tribunais da Federação Paulista de Futebol (FPF) chamou a atenção dos torcedores espalhados pelo Brasil, algo que poderá proporcionar uma virada de chave na Série A3 do Campeonato Paulista, a uma rodada da conclusão do torneio. Ainda na segunda-feira (22), a entidade colocou o Cotia em julgamento e excluiu a equipe da competição.
A decisão levava em consideração dois W.O., ação passível de punição pelo Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). A equipe foi punida com um acordo unânime de três votos a zero. Inicialmente, o clube perdeu dois jogos sem nem entrar em campo para o compromisso: contra o Sertãozinho, ainda na primeira rodada, e contra o Taubaté, no último dia 5 de abril.
Nas duas oportunidades, a equipe justificou a ausência apontando possíveis problemas para atuar em sua casa. Assim, não indicou um outro local com oito dias de antecedência, algo que é exigido na nova regra do campeonato. Os novos detalhes dividiram opiniões nos bastidores e também complicaram a vida do Grêmio Barueri, que perdeu por W.O. para o São José em 7 de fevereiro.
Federação Paulista divide opiniões entre equipes do torneio
Em um primeiro momento, o regulamento apontava que uma partida poderia ser transferida para outro local com até 72 horas de antecedência, algo favorável aos clubes. O Cotia ainda passa por julgamento no Pleno, mas entende ter sido prejudicado com a nova decisão. O último desafio do time, que briga contra o rebaixamento no torneio, pode ser mantido.
.”O campeonato está uma incógnita. Pela lei, não seria justo a gente jogar no domingo. Mas a gente não tem certeza, ouviu comentários de que vamos jogar domingo. Quando acabou o julgamento, cada um foi para um lado. Vamos entrar amanhã com uma petição para não jogar. O presidente da FPF, quando teve o conselho arbitral em novembro, avisou: ‘Cotia, não vamos ajudar vocês como o ano passado’. Eles já sabiam”, comentou o presidente da Inter, Altair Bueno, por telefone, ao ‘Terra’.