Na noite da última sexta-feira (5), o Rio de Janeiro perdeu uma das figuras marcantes da história do futebol. Zagallo, último titular da Seleção Brasileira na decisão da Copa de 1958 a falecer, deixa um legado inigualável. Com sua partida, resta apenas um jogador que participou daquela épica final em que o Brasil conquistou seu primeiro título mundial: o atacante sueco Kurt Hamrin, de 89 anos.
Naquele torneio, as substituições eram proibidas, um tempo em que o futebol se desdobrava em momentos cruciais. Na semifinal entre Brasil e França, um incidente com Vavá e o defensor francês Jonquet, aos 35 minutos do primeiro tempo, mudou o curso da partida e favoreceu a equipe comandada por Vicente Feola.
A história da Copa de 1958 também é marcada por perdas significativas. O primeiro jogador da final a nos deixar foi o atacante Lennart Skoglund, da Suécia, em 8 de julho de 1975, seguido pelo ícone brasileiro Garrincha, em 20 de janeiro de 1983.
Kurt Hamrin, conhecido por sua carreira notável, brilhou principalmente na Itália. Após se destacar no AIK, estreando no time principal aos 16 anos, foi contratado pela Juventus na temporada 1956/1957, aos 21 anos. Embora não tenha se destacado na Velha Senhora, participou da Copa de 1958 como jogador do Padova, exibindo talento que o levou à Fiorentina. Lá, tornou-se ídolo, marcando 150 gols em 289 jogos ao longo de oito temporadas.
O atacante sueco também escreveu seu nome na história do Milan, conquistando o Campeonato Italiano em 1967 e a Liga dos Campeões da Europa em 1968. Sua trajetória na Itália encerrou-se no Napoli, mas sem o mesmo brilho do passado.
Após a aposentadoria, Hamrin desempenhou o papel de olheiro no Milan, embora hoje não esteja mais vinculado ao universo do futebol. A história de Kurt Hamrin é um capítulo valioso na rica tapeçaria do futebol mundial.