O São Paulo encerra a temporada de 2023 com o sentimento de dever realizado, conquistando a sua primeira taça da valiosa Copa do Brasil, ao comando do técnico Dorival Júnior. Nos bastidores, mesmo com o fim dos compromissos, o Tricolor segue se movimentando e negocia com a Mondelez para mudar o nome do seu estádio para Morumbis. A possibilidade divide opiniões.
O principal intuito do clube é fazer o acordo valer por R$ 75 milhões, contando com um contrato válido por três anos. A negociação chama a atenção, especialmente pelo tempo envolvendo a parceria. Fernando Paz, diretor comercial da Absolut Sport no Brasil e especialista em negócios no esporte, comentou a possibilidade de resolução sobre o curto prazo, pensando em determinadas questões.
“O barulho inicial feito em relação ao naming rights já auxilia em uma construção do negócio. Para tirar maior vantagem do acordo, em tão pouco tempo, o caminho mais curto e assertivo é a análise de dados adquiridos através da compra de ingressos em dias de jogos e visitação nos estádios. Assim, a parceira pode fazer ações voltadas a esses torcedores em específico, conhecendo seus hábitos de consumo no estádio”, analisou
São Paulo analisa decisões de adversários sobre estádio
Pensando nos estudos sobre naming rights, os especialistas alegam que normalmente, a melhor oportunidade seria firmar um longo acordo, considerando que o estádio realmente pegue o nome da marca e a empresa consiga lucrar com a possibilidade. No Brasil, Palmeiras e Corinthians embolsam R$ 15 milhões ao ano, no entanto, contando com contratos de 20 anos.
“Porém, por ser um contrato de curta duração, ninguém garante a permanência da marca na memória do torcedor, o que torna também um risco. Além disso, temos exemplos como HSBC Arena, Jeunesse Arena… as marcas passam e o estádio/ginásio fica. Ou seja, se não houver um trabalho de branding forte e resultados dentro de campo grandes, dificilmente a ação será memorável”, garantiu Paz.