No dia 28 de novembro de 2023, o FC Barcelona recebeu críticas sobre a decisão de adicionar um amistoso no calendário de jogos de seus jogadores já apertado. A decisão suscitou indignação por seu potencial de aumentar o risco de lesões e cansaço para os jogadores, especialmente em vista da disputa pelo título da Supercopa da Espanha em jogo logo após o recesso de Natal.
O jogo está agendado para acontecer logo após a última partida de Liga antes do recesso de Natal em Montjuïc contra o Almería. Em vez de iniciar um período de férias de cerca de 10 dias para recarregar as energias, a diretoria do FC Barcelona resolveu realizar um amistoso contra o América do México em Dallas, Estados Unidos. Essa decisão cortou o tempo de descanso e adicionou uma viagem de 28 horas para os jogadores.
Tudo isso leva a especulações sobre a motivação por trás de tal decisão. A resposta veio à tona quando foi revelado que a renda por concordar com este amistoso seria exclusivamente econômica – o FC Barcelona receberia 4 milhões de euros por jogar esta partida, uma soma substancial para um incômodo de cerca de três dias.
Qual a resposta dos jogadores?
A recepção entre os jogadores foi, compreensivelmente, menos do que positiva. A maioria dos jogadores considerou o risco alto demais, o esforço muito grande e o calendário muito apertado para continuar somando partidos. Apesar de suas preocupações, a diretoria e o treinador apressaram-se em fazer uma oferta para garantir seu silêncio e participação: uma oferta de 100.000 Euros por jogador.
Diante disso, a questão pertinente para o mundo capitalista neste contexto é até que ponto o dinheiro deve superar o senso lógico, a prudência e as melhores práticas. Quando o exemplo desse tipo de comportamento vem de um clube como o FC Barcelona, a crítica que as organizações como a FIFA ou a UEFA enfrentam é apagada para revelar uma abordagem similarmente abafada para com os jogadores e suas condições de trabalho.