No programa “Primeira Pessoa”, da RTP, o jogador português Bernardo Silva abriu o coração sobre sua partida do Benfica em 2014. Silva, assistido por Fátima Campos Ferreira, recordou que lhe disseram durante sua formação no Benfica: “Filho de doutor não dá jogador”. A percepção o marcou profundamente e o motivou a provar que estavam enganados.
A saída precoce do clube trouxe sentimentos amargos para o agora internacional. Silva acredita que o Benfica poderia ter feito mais para mantê-lo na equipe. “É aí que vem um bocadinho a minha tristeza porque eu achei que o clube poderia ter-me segurado de outra forma,” disse ele.
O jogador expressou desapontamento não só com o presidente do clube, Luís Filipe Vieira, mas também com um grupo de quatro ou cinco pessoas que, segundo ele, se tivessem percebido de futebol, teriam agido de forma diferente.
A falta de valorização do clube foi um fator precipitante para a saída de Bernardo Silva do Benfica? Vários sinais parecem indicar que sim. O talentoso médio, que se tornou uma das grandes estrelas do futebol mundial, confessou que se sentia subvalorizado pela direção do clube, que não conseguiu reconhecer seu potencial e fazer o necessário para segurá-lo.
Quem são os responsáveis pela saída de Bernardo Silva?
Sem citar nomes, Bernardo Silva fez alusão a um grupo de indivíduos que, em sua opinião, poderiam ter tido uma percepção mais apropriada da situação. “Não só, mas a um grupo de quatro ou cinco pessoas que, se percebesse de futebol, diria eu, tinha visto as coisas de outra forma,” expressou o jogador.
Apesar da felicidade e do sucesso que encontrou em sua carreira posterior, jogando em clubes de primeira linha como o Manchester City e a seleção portuguesa, a saída do Benfica continua a ser uma memória agridoce para o jogador. As marcas emocionais deixadas por esta experiência são uma lembrança da importância de reconhecer e nutrir talentos, independentemente de sua origem social.