O Corinthians pretende vender uma parte da Neo Química Arena na bolsa de valores. A ideia é que o Timão ofereça até 49% das cotas do estádio, de modo que o clube permaneça como regulador do empreendimento.
Para isso, a diretoria negocia um acordo com a Caixa Econômica Federal, financiadora da Arena, para realizar a venda das cotas.
Corinthians e Neo Química Arena
O objetivo com a venda de parte da Neo Química Arena é reduzir o pagamento dos juros à Caixa. O acordo fechado entre o Corinthians e a instituição financeira prevê o pagamento de R$ 611 milhões para quitação do estádio até 2041.
Só neste ano, o Timão pagou R$ 75 milhões para a Caixa e ainda deve transferir mais R$ 25 milhões até o fim de dezembro. Vale lembrar que a amortização do valor principal só tem início em 2025.
Wesley Melo, diretor financeiro do Corinthians, trouxe mais detalhes sobre a venda de parte da Arena na bolsa de valores. “O Corinthians tem um fundo, que é dono de 100% da Arena, e esse fundo pode ser colocado no mercado. Alguém pode comprar 49% desse fundo se eu quiser vender, e eu gostaria de vender”, declarou.
Apesar das conversas entre o clube e a Caixa ocorrerem há meses, o acordo pela venda das cotas não será concretizado neste ano. Com isso, cabe ao novo presidente do Corinthians, que será eleito no dia 25 de novembro, conduzir as negociações em busca de um acerto.
“A grande vantagem é a gente se livrar da dívida da Caixa. Vamos lembrar. Eu tenho a dívida do clube e tenho o financiamento com a Caixa. Se eu consigo esse recurso todo e abato ou liquido toda essa minha dívida com a Caixa e passo a dever só para um investidor eu vou pagar para ele o rendimento da aplicação, mas paro de gastar com despesa de juros”, completou Wesley.