Em 10 de novembro de 2023, lembramos com tristeza e respeito a morte de Robert Enke, uma estrela do futebol alemão, que deixou o mundo chocado ao retirar a sua própria vida em 2009. O talentoso goleiro, que sofreu com episódios de depressão ao longo da vida, tinha apenas 32 anos no momento de sua morte.
A sombra da depressão pairava sobre Enke já desde seus 16 anos, marcando sua carreira e trazendo grandes desafios. Como seu pai destacou em entrevistas, em momentos de crise, o próprio Enke tinha medo da bola durante as partidas e frequentemente hesitava em treinar. Tal realidade expõe a gravidade dos tormentos que Enke enfrentou durante sua vida.
O Barça, clube pelo qual jogou, foi uma etapa especialmente difícil em sua carreira. Enke foi diagnosticado com depressão enquanto negociava sua entrada no famoso clube catalão, em um momento de particular instabilidade na posição de goleiro. A falta de apoio e a pressão externa de um clube da magnitude do Barça se tornaram um fardo pesado, aumentando seu sofrimento.
Uma vida marcada pelo sofrimento: qual era a realidade de Enke no futebol?
Robert Enke nunca sentiu a confiança de sua equipe ou colegas de clube, um sentimento que foi discutido pelo jornalista e escritor alemão Ronald Reng em seu livro “Uma vida demasiado curta”. Segundo Reng, a queda emocional de Enke se acentuou com a chegada ao Barcelona em 2002.
A pressão se intensificou com uma atuação infeliz contra o Novelda, da Segunda Divisão B, na Copa do Rei. Enke culpou-se de maneira excessiva por essa situação. Tal cenário deixou a competição com Victor Valdés, que melhor lidava com a pressão, um elemento ainda mais desafiador.
O talentoso goleiro alemão teve que enfrentar tragédias pessoais, como a morte de sua filha de dois anos. No entanto, a ameaça da depressão sempre esteve presente, explorando suas vulnerabilidades. Em 10 de novembro de 2009, Robert Enke optou por encerrar sua própria vida, deixando um profundo impacto no mundo do futebol.