O Leganés, clube de futebol espanhol, tem orgulho de ter sido o pioneiro em diversas estratégias brilhantes de marketing e promoção que mais tarde se tornaram tendência. A estratégia mais conhecida é a dos banners online, até que surgiu Bernardo. Bernardo García, para ser exato, o funcionário fictício (chefe de vendas de patrimônio e parcelas) com o qual o clube lançou no verão passado sua inovadora campanha de renovação de assinaturas.
A campanha oferecia a cada sócio uma parcela do estádio. Verdadeiramente, o que o clube disponibilizava para seus fãs era a possibilidade de adquirir um pedaço ‘virtual’ de Butarque. Dependendo do que acontecesse nesse espaço durante os jogos, eles ganhariam prêmios. O maior presente era a renovação gratuita do cartão para a próxima temporada se o Lega marcasse um gol vindo desse espaço.
Emulando a ideia
A ideia foi aclamada internacionalmente e até copiada por um grande clube europeu e mundial, o Milan. O clube italiano anunciou que seus torcedores também poderão comprar ‘parcelas’ virtuais do San Siro para ganhar prêmios, reproduzindo a iniciativa do Leganés.
Coincidência? Parece que não. Por trás da ideia do Milan encontra-se a Cross Mint, a empresa que realizou a divisão virtual de Butarque até transformar cada um desses espaços em um NFT que os torcedores do Leganés podiam adquirir. No caso dos pepineros, o projeto também contou com a participação do Grupo Intermark, especializado em blockchain.
O Leganés como influenciador
O Leganés tentou patentear a ideia, mas foi impossível. Mesmo assim, o clube se tornou um tipo de referência para esse modelo de ‘gamificação’ que vários times de primeira divisão consultaram os madrileños para estudar seu desenvolvimento.
Um desses times já começou a trabalhar em suas próprias ‘parcelas virtuais’ para transmitir o mesmo modelo de promoção a seus fãs. “É um clube muito importante”, afirmam no Leganés, sem querer transmitir mais informações por respeito à equipe em questão.
De qualquer maneira, este movimento ou a implementação deste projeto pelo Milan é visto nas instalações do Leganés como um sucesso que prova que seu departamento de marketing e inovação continua gerando ideias revolucionárias para impulsionar os pepineros além dos campos de futebol.