No ano de 1975, Malta testemunhou um momento memorável que ficaria gravado na memória de seus habitantes. Pelé, o lendário jogador de futebol, recém-tricampeão do mundo, visitou o país. Tony Mellieha, que na época tinha apenas oito anos, recorda vividamente a experiência de ver o Rei do futebol em ação, treinando para uma multidão extasiada de 17 mil pessoas no Empire Stadium em Gzira, Malta.
Essa visita de Pelé a Malta foi orquestrada pelo Padre Hilary Tagliaferro, um amigo próximo do Rei, que também era conhecido por seu envolvimento com o futebol e a mídia. A relação de amizade entre o padre e Pelé se baseava em sua paixão compartilhada pelo futebol e pela fé. Ao longo dos anos, eles conversaram sobre futebol e questões espirituais, fortalecendo ainda mais sua amizade. O Padre Hilary foi a conexão que permitiu a vinda de Pelé a Malta.
Em abril de 1975, o Rei chegou à ilha do Mediterrâneo e realizou uma sessão de treinos para jovens jogadores, organizada pelo padre. Essa sessão de treinos atraiu uma multidão de 17 mil pessoas e quebrou recordes para Malta. A visita de Pelé teve um impacto duradouro no país, estreitando laços com o futebol brasileiro e proporcionando um momento especial para os malteses.
Hoje, Malta mantém uma forte afinidade com o futebol brasileiro, apesar de suas raízes culturais ligadas principalmente à Itália e à Inglaterra, devido à colonização da região. A história da visita de Pelé a Malta permanece viva nas memórias das pessoas, e o Museu do Futebol de Malta, comandado por Kenneth Formosa, guarda uma coleção impressionante de itens relacionados a Pelé. O legado do Rei do futebol se mantém em Malta, onde ele é lembrado com carinho e apreço.