LaLiga vem a publico e reconhece aquilo que muitos já esperavam sobre o VAR

Após uma semana marcada por polêmicas relativas ao VAR, o Comité Técnico de Arbitragem (CTA) finalmente esclareceu acerca do seu funcionamento na LaLiga, a liga espanhola de futebol. No centro do debate, estava a existência de uma segunda sala do VAR, cuja função era acompanhar os jogos e estar pronta para substituir o VAR principal caso houvesse problemas.

Este assunto tomou grandes proporções quando o ex-árbitro espanhol, Estrada Fernández, mencionou a possibilidade de existência dessa segunda sala. Segundo Fernández, esta sala não estaria devidamente documentada nos estatutos da Federação, no protocolo VAR, nem nos seus contratos trabalhistas. O CTA se vê agora na posição de ter que defender a transparência do VAR na competição espanhola.

No esclarecimento emitido, o CTA faz uma afirmativa categórica sobre a transparência do VAR na competição espanhola e sugere que poderá mesmo recorrer à justiça contra quem duvida da integridade da competição. O comunicado completo detalha a configuração do espaço VAR, localizado na Cidade do Futebol de Las Rozas da Real Federação Espanhola de Futebol.

O que acontece nas salas VAR?

De acordo com o comunicado, esse espaço é composto por sete salas VAR fechadas, um espaço com cinco estações VAR e duas salas adicionais. Enquanto na primeira sala adicional os técnicos da providência tecnológica Hawk-Eye se encarregam da gestão técnica dos jogos, a outra sala tem uma função muito específica.

É nesta segunda sala, denominada Sala de VAR reserva, que um árbitro VAR adicional acompanha cada jogo. Sua função é ficar a postos para substituir o VAR ou AVAR (Árbitro Assistente do VAR) caso seja necessária uma troca emergencial.

A transparência do processo se dá porque LaLiga tem conhecimento dessas salas desde a sua criação. Ademais, o CTA assegura que as imagens e áudios gerados na sala VAR durante os jogos são devidamente registrados. O Comité fez questão de expressar o seu descontentamento com as alegações infundadas que visam desacreditar a integridade do CTA e dos seus membros, reafirmando a sua transparência e profissionalismo no uso das tecnologias do VAR.