A Seleção vive conturbada situação nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, e para piorar a situação do técnico Fernando Diniz, o atacante Neymar ficará de fora dos compromissos. O jogador sofreu ruptura do ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo, no confronto entre Brasil e Uruguai, que proporcionou a decepcionante derrota em 2 a 0. Ainda assim, a preocupação é sobre o atleta.
Com a lesão de Neymar, o Al-Hilal da Arábia Saudita, seu novo clube, poderá acionar um mecanismo da FIFA para receber uma indenização milionária, já que ficará sem o jogador por tempo indeterminado. Como informa o advogado Eduardo Carlezzo, especialista em direito desportivo internacional, a equipe pode se enquadrar no Programa de Proteção de Clubes.
O objetivo é garantir certa quantia aos clubes, no momento em que algum jogador se lesiona, enquanto defende a camisa da seleção de seu país numa competição da FIFA. A exigência é que o atleta fique impedido de atuar por mais de 28 dias seguidos, como é o caso de Neymar. Ainda assim, mesmo que consiga o valor, a ausência do brasileiro será um enorme prejuízo.
Al-Hilal pode ter prejuízo sobre salário de Neymar
De acordo com informações de Eduardo Carlezzo, a FIFA é responsável por pagar no máximo um ano de lesão, além disso, o “valor da indenização é limitado a 7,5 milhões de euros (cerca de R$ 40 milhões)”, afirma o especialista. Para o Al-Hilal, a quantia não chega nem perto de cobrir o salário de Neymar. Como informa a revista Forbes, o atleta embola 112 milhões de dólares (R$ 566 milhões) ao ano.
A quantia que pode ser destinada pela FIFA não cobriria um mês dos vencimentos de Neymar. O jogador deixou o PSG para tentar um novo caminho no Al-Hilal, ainda na última janela de transferências europeia. Assim, garantiu um acordo de dois anos com o clube saudita, mas não demorou para se lesionar. O atleta atuou em apenas cinco partidas pelo time.