Na data de hoje, 18 de outubro de 2023, o juiz Aguirre, responsável pela investigação do ‘caso Negreira’, incluiu Joan Laporta, atual presidente do FC Barcelona, na lista de investigados. Essa notícia foi amplamente divulgada na mídia, transformando Laporta, conhecido por sua primeira gestão no clube (2003-2010), em mais um nome ligado ao caso.
Segundo fontes próximas ao presidente, ele ainda não foi notificado oficialmente de sua nova condição. Ressalta-se que a informação divulgada pela imprensa afirma que a notificação foi entregue por escrito pelos Mossos d’Esquadra na manhã de hoje.
A interpretação do juiz Aguirre e a inclusão de Laporta
O juiz Aguirre interpretou de forma diferente o prazo de prescrição de um suposto delito. Ele considera que tal prazo deve ser contado de maneira diferente da usual. Graças a essa interpretação, pode-se investigar os fatos até o ano de 2008 e, assim, Laporta pode ser responsabilizado pelos pagamentos do FC Barcelona a Negreira durante o período 2008-2010 de seu primeiro mandato.
Afirmou o magistrado que neste caso pode haver um crime continuado, isto é, os atos delituosos podem ter acontecido várias vezes e em momentos diferentes. Por essa razão, o prazo prescricional, segundo sua interpretação, deve ser contado a partir do último ato criminoso cometido (que, conforme os registros, ocorreu em julho de 2018).
Outras implicações do caso
A decisão do juiz impacta não somente Joan Laporta, mas também outras figuras relevantes do FC Barcelona. Sandro Rosell e Josep Maria Bartomeu, ex-presidentes do clube, estão sendo investigados pelos mesmos crimes que agora envolvem Laporta.
Além disso, a investigação se estenderá para diretores que, durante a primeira gestão de Laporta, tinham poderes para autorizar pagamentos ao ex-vice-presidente do Comitê Técnico de Árbitros. Os crimes sob investigação incluem suborno, corrupção esportiva, gestão desleal e falsificação de documentos comerciais.