O empresário britânico e ex-chefão da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, admitiu sua culpa por ocultar 400 milhões de libras (equivalente a R$ 2,4 bilhões na cotação atual) em sua declaração de impostos, resultando em sua condenação a uma pena de 17 meses de prisão por fraude fiscal.
Ecclestone foi considerado culpado em uma audiência realizada na quinta-feira, em um tribunal de Londres. Além disso, foi acordado que ele terá que pagar 653 milhões de libras (equivalente a R$ 4 bilhões) ao governo do Reino Unido. Essa evasão fiscal ocorreu ao longo de um período de 18 anos.
Bernie Ecclestone, com 92 anos de idade, não será submetido a uma sentença de prisão em regime fechado, já que o juiz Simon Bryan decidiu suspender a pena por dois anos, o que significa que ele só será encarcerado caso cometa outra infração durante esse período.
Em um depoimento anterior, dado durante uma reunião com autoridades da Receita e Alfândega do Reino Unido em 2015, ele havia negado as acusações. No entanto, na audiência de quinta-feira no Tribunal Real de Southwark, Ecclestone declarou, ao enfrentar o juiz Bryan, “admito minha culpa” e forneceu alguns detalhes sobre o caso.
Bernie Ecclestone poderia ter ajudado Felipe Massa
O episódio conhecido como “Cingapuragate” marcou um dos capítulos mais controversos na história da Fórmula 1. Durante o Grande Prêmio de Cingapura de 2008, o piloto brasileiro Nelsinho Piquet deliberadamente colidiu propositalmente durante a corrida, seguindo ordens do então chefe da equipe, Flavio Briatore, com o intuito de favorecer o piloto espanhol Fernando Alonso, seu colega de equipe na Renault.
Ecclestone revelou em uma entrevista ao site F1 Insider que já tinha conhecimento do escândalo do “Crashgate” desde 2008, mas optou por não divulgar a informação naquela época.
“Decidimos não fazer nada. Queríamos proteger o esporte e salvá-lo de um grande escândalo. Por isso usei línguas angelicais para persuadir meu ex-piloto Nelson Piquet a manter a calma”, explicou Ecclestone.