Uma grande novidade movimentou o clube de futebol Vasco da Gama nesta terça-feira. A empresa 777 Partners finalizou o segundo aporte previsto no contrato, efetuando o pagamento de aproximadamente US$ 7,5 milhões (R$ 36 milhões). Esse montante, agora depositado na conta do clube, regulariza, enfim, as pendências financeiras da empresa junto ao Vasco.
Esse aporte faz parte de um acordo previsto para o ano de 2023, cujo valor total era de R$ 120 milhões (R$643 milhões). No entanto, ao término do prazo estabelecido para esse aporte, na última quinta-feira, o Vasco havia recebido apenas R$ 71,5 milhões (R$380 milhões). Portanto, a 777 Partners estava, oficialmente, inadimplente.
O que aconteceu após a 777 ficar inadimplente?
Apesar de terem ocorrido atrasos, e a 777, por um período, ter sido considerada inadimplente, a empresa se justificou apresentando documentos que comprovavam as ordens de transferência bancária do total acordado.
O atraso se deu, principalmente, em função do feriado de Columbus Day, comemorado na segunda-feira nos Estados Unidos, o que ocasionou que a transferência terminasse caindo na conta do Vasco apenas no final de terça-feira.
Essa transação marca uma ação conjunta entre o sócio fundador da 777 Partners, Josh Wander, e o presidente do Vasco, Jorge Salgado, na tentativa de firmar e honrar os compromissos previstos em contrato. O aporte inicial, que era previsto para setembro, contou com um período de carência de 30 dias para pagamento, com acréscimo de juros.
No início de agosto, houve um adiantamento de aproximadamente R$ 16 milhões, que serviu para auxiliar a janela de transferências. A 777 Partners realizou o pagamento da seguinte forma: a primeira remessa, de US$ 7,8 milhões (por volta de R$ 38,5 milhões), entrou na conta do clube na noite de quinta-feira. A segunda tranche, agora referente a US$ 7,5 milhões (R$ 36 milhões), entrou na sexta. E a última, do mesmo valor, foi paga nesta terça-feira.
Existe consequência para a 777 Partners por conta do atraso no pagamento?
Em relação as consequências do atraso, o contrato estabelecia que, com a inadimplência, o clube tinha o direito de recuperar 51% das ações que estão de posse da 777 Partners, retomando, dessa forma, o controle total do futebol por um valor simbólico de R$ 1 mil. Contudo, nenhuma medida nesse sentido foi tomada desde a última sexta-feira, já que o clube recebeu R$ 71,5 milhões nos últimos dias, além do comprovante da última remessa.
Em meio ao desgaste por causa dos atrasos, a conclusão bem-sucedida do aporte foi concluída nesta terça-feira, devolvendo ao Vasco, assim, a segurança financeira tão necessária para o sucesso e equilíbrio de suas operações.