A derrota do Fulham para o Chelsea na noite de ontem ainda está sendo digerida pelos torcedores e analistas. Não apenas por ser uma partida em casa ou por acabar com o otimismo cauteloso que antecedia o jogo. A derrota foi difícil de engolir porque o Chelsea, que estava numa situação delicada, foi recebido de forma generosa com dois gols fáceis e uma vitória confortável.
O Chelsea entrou no estádio com uma série de desafios. Há tempos não venciam uma equipe que estava acima deles na tabela. A dificuldade em marcar também era evidente, não haviam marcado em suas últimas 47 tentativas a gol. No entanto, em Craven Cottage, esses problemas pareciam desaparecer.
Em um intervalo de 90 segundos no primeiro tempo, o Fulham cometeu erros que lhe custaram o jogo. Primeiro, Mykhailo Mudryk conseguiu se esquivar de Issa Diop e marcar. Logo em seguida, Tim Ream perdeu a posse de bola para Cole Palmer e acabou chutando a bola em Armando Broja, que a enviou para a rede do Fulham. Esses gols desestabilizaram a partida a favor do Chelsea.
Onde o Fulham falhou?
Mais preocupante foi a incapacidade do Fulham de controlar o meio de campo, considerado um dos pontos fortes da equipe. Eles não conseguiram marcar bem o meio de campo, o que permitiu ao Chelsea controlar o jogo. Contribuíram para isso a habilidade de Moises Caicedo e Enzo Fernandez, que custaram £220 milhões (R$1,1 bilhões) ao Chelsea, além da energia de Conor Gallagher e Palmer.
O plano do treinador do Fulham, Marco Silva, era pressionar o Chelsea com uma linha de marcação alta, mas as coisas não saíram como planejado. A falta de agressividade e a falta de coordenação no jogo defensivo do Fulham possibilitaram ao Chelsea muitas chances de gol.
Problemas no ataque do Fulham
No segundo tempo, as deficiências do Fulham no terceiro final do campo ficaram especialmente evidentes. Segundo a Opta, apenas três equipes marcaram menos gols ou tiveram um retorno esperado de gols pior do que o Fulham. A falta de eficácia no ataque ficou evidente com Harry Wilson e Willian não conseguindo desempenhar seus papéis da melhor forma.
O Fulham foi efetivo em áreas amplas na última temporada, porém, nesta partida, seu produto final deixou a desejar. O Fulham só conseguiu um chute ao gol no primeiro tempo e levou 74 minutos para testar realmente o goleiro adversário.
As questões sobre a nova formação ofensiva do Fulham e o que está faltando na era pós-Aleksandar Mitrovic são inevitáveis. Até que o time mostre que pode superar esses obstáculos ofensivos, as dúvidas persistirão.