Nome histórico do São Paulo estendeu a mão e mudou a vida de ídolo do Corinthians

Um dos atacantes mais marcantes do futebol brasileiro nos anos 90, Dinei enfrentou um caso complicado em sua carreira ao ser pego em um exame anti-doping. O ex-jogador relembrou o caso e agradeceu o apoio de Marco Aurélio Cunha, que era diretor do Coritiba, que o orientou da melhor forma possível e o ajudou após a punição.

“Foi o maior título que tive na carreira. Em 1996, eu tive problema num doping com cocaína. O único cara que me ajudou é são-paulino: o Marco Aurélio Cunha. Ele era diretor do Coritiba. Cai no doping num Coritiba e Juventude e a defesa do time queria que eu falasse que foi algum massagista ou alguma coisa que me deram errado“, relatou.

“O Marco Aurélio disse que queria conversar comigo porque não concordava com esse tipo de defesa. Ele chegou e disse: “Dinei, você pode ser um cara exemplo para essa molecada de hoje”. Ele começou a fazer a minha cabeça: “Pô, nunca assumiram um caso de doping. Você vai ser o primeiro caso. Você vai ver a volta na sua vida”. Ele fez a minha cabeça e depois dali que a minha vida mudou. Os caras queriam colocar a culpa em massagista e ele não: “assume que vai ser melhor para você depois, filho”. Então, o meu maior título foi assumir o meu erro perante a sociedade e todos viram que eu precisava de ajuda. O Marco Aurélio me ajudou muito”, completou.

O jogador assumiu o uso de cocaína e por isso recebeu um gancho de 240 dias como punição. Em sua volta passou por dificuldades de encontrar um clube que o aceitasse e foi aí que a Inter de Limeira contratou o jogador que se destacou e foi para o Guarani, em seguida para o Corinthians, onde foi multicampeão.

“Ninguém me quis. Pensei que minha carreira tivesse acabado. Então, o Marco ligou para o seu José Macia, o Pepe [que jogou no Santos] e fui jogar na Inter de Limeira. Mentalizei que iria voltar a jogar no Corinthians. Fui bem na Inter de Limeira, em maio de 97 o Guarani me contratou e fui bem também. No meio de 98, quem me contratou? o Corinthians. A final [do Brasileirão] foi contra quem? O Cruzeiro. Quem me rejeitou? O Cruzeiro. O Marco Aurélio foi quem mais me ajudou. Deus foi bom comigo“, finalizou.