Após um intenso verão de mudanças no Paris Saint-Germain (PSG), incluindo uma renovação quase completa da equipe com a adição de 11 novos jogadores, por um custo de 350 milhões de euros (R$1,8 bilhões), as vendas de jogadores para clubes da liga do Catar estão levantando suspeitas do órgão de controle financeiro da UEFA.
Conforme relatado pelo L’Équipe, a UEFA já deu sinais de que está estudando a possibilidade de uma investigação, para verificar se há “uma grande proximidade” entre o PSG e o clube comprador. Os atletas vendidos foram Verratti, Draxler e Diallo, por um valor próximo de 80 milhões de euros (R$415 milhões).
Como essa “proximidade” pode afetar o PSG?
Se confirmada, tal proximidade poderia provocar um desequilíbrio significativo no Fair Play Financeiro, caso a UEFA decida que a venda não é válida devido a essa proximidade. Isso poderia forçar o PSG a fazer ajustes significativos em sua estratégia de transferência e finanças.
Em resposta à essa informação, representantes do clube insinuaram que “existem muitos casos de multipropriedade no futebol sem consequências”. Eles insistem que não há irregularidades nas transferências mencionadas, chegando a mencionar que havia uma oferta superior por Verratti da Arábia Saudita.
A conexão PSG-Catar
Qatar Sports Investment é o proprietário 100% do PSG, o que alimenta as suspeitas do órgão de controle financeiro. Já houve especulações no passado de que essas transações poderiam ser investigadas, e agora, o L’Équipe relatou que isso de fato acontecerá.
Se a investigação não encontrar qualquer laço indevido, essas vendas não trarão problemas ao PSG. Na verdade, juntamente com a venda de Neymar e de outros jogadores, o clube teria obtido lucros de aproximadamente 200 milhões de euros, que seriam utilizados para financiar as novas contratações. No entanto, se a investigação encontrar alguma irregularidade, o clube francês poderia sofrer nova sanção econômica.