Xavi mudou jogadores, mas não abriu mão de UMA coisa no Barcelona
Após a vitória de sábado contra o Betis, diversas vozes dentro e fora do clube estão elogiando o suposto “retorno” ao esquema 4-3-3 do Barcelona, citado como a quintessência do clube por muitos, para tentar gerar mais jogo ofensivo e dominar os adversários. No entanto, Xavi, o técnico do clube, reiterou que não houve qualquer alteração no esquema tático de sua equipe.
Segundo o treinador, “não jogamos 4-4-2, embora muitos insistam em dizer e repetir.” Ele reconhece que sua equipe possui quatro meio-campistas naturais, mas insiste que a formação não se assemelha ao 4-4-2. Ele acredita que o sucesso de sua equipe depende de muitos fatores sobre os quais nem sempre tem controle, incluindo a estratégia de seus adversários.
O esquema tático de Xavi realmente mudou?
Na verdade, ao contrário do que se acredita, o esquema tático de Xavi não sofreu alterações. Ele insiste que, desde que começou a usar este formato, seu modelo de jogo nunca mudou. O 4-3-3, com Balde jogando como lateral-esquerdo e Gavi atuando como um falso extremo esquerdo, é usado quando o Barcelona está defendendo e pressionando o adversário.
Quando o Barcelona está atacando e com a posse de bola, sua formação se transforma num 3-4-3, em que Balde atua como extremo zurdo e Gavi se move para o centro para formar um quarteto com Romeu e De Jong na base e Gündogan à frente.
Durante o jogo contra o Betis, Gavi e João Félix se revezaram neste papel. João Félix, como extremo esquerdo no 4-3-3, deslocava-se para o centro quando o Barcelona estava com a posse de bola, se juntava aos meio-campistas e o esquema se transformava num 3-4-3.
Quais são os nuances deste esquema tático?
O esquema tem algumas variações, especialmente com a entrada de Cancelo. Por exemplo, Dani Alves já fez o papel que João Félix desempenhou no jogo contra o Atlético. O esquema às vezes muda para um 2-3-5, com dois defensores recuando, dois laterais mais altos na linha de defesa e cinco jogadores ofensivos.
Xavi insiste que o esquema inicial é sempre o 4-3-3, que se transforma em um 3-4-3 durante o ataque, com variações e movimentos estratégicos. Ele conclui que, embora o time tenha mais meio-campistas puros, não está jogando no 4-4-2.
Em momentos de adaptação do time, De Jong atuou como zagueiro, algo semelhante ao que ocorreu com Rodri no Mundial pela Espanha. Essas são as estratégias e características de jogo que definem o estilo de jogo do Barcelona sob o comando de Xavi.