CPI agiu na surdina e pegou presidente da CBF de calças curtas

A CPI na Câmara investigando apostas esportivas e manipulação de resultados de jogos de futebol prorrogou sua duração. O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, adiou sua audiência para 20 de setembro, alegando conflito com um jogo da seleção brasileira.

Esta extensão foi autorizada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira. Rodrigues, eleito presidente da CBF em março de 2022, será ouvido em uma audiência pública sobre o papel da Confederação Brasileira de Futebol e a manipulação de resultados no futebol brasileiro. Sua eleição em 2021 foi contestada judicialmente por Gustavo Feijó, ex-vice-presidente da entidade.

A presença de Rodrigues na CPI é altamente aguardada pelos parlamentares, com quatro solicitações feitas para sua convocação na comissão. Os deputados têm a expectativa de receber informações sobre as ações tomadas pela CBF para prevenir e combater a manipulação de resultados, bem como esclarecimentos sobre os procedimentos em curso relacionados à fiscalização e transparência.

Em uma carta datada de 18 de maio, endereçada a Ricardo Silva, o terceiro vice-presidente da CPI, Ednaldo Rodrigues expressou seu elogio à iniciativa da comissão e enfatizou que a manipulação de resultados é um desafio de longa data que se agravou com a disseminação da internet.

A CPI, presidida pelo deputado Júlio Arcoverde (PP-PI), foi estabelecida em 17 de maio. Júlio Arcoverde já ocupou a presidência do River Atlético Clube, em Teresina (PI). A relatoria da comissão é conduzida pelo deputado Felipe Carreras (PSB-PE).

A origem da CPI remonta à investigação do Ministério Público de Goiás (MPGO), que lançou a Operação Penalidade Máxima em 14 de fevereiro, visando apurar a manipulação de resultados em jogos da Série B do Campeonato Brasileiro de 2022.