O lateral-direito Marcinho, atualmente no América Mineiro, entrou com pedido na Justiça para recorrer da condenação pela morte de um casal quando atuava com a camisa do Botafogo. O jogador foi condenado a três anos e seis meses de prisão.
Os advogados de defesa pedem que a sentença seja reconsiderada para absolvição de Marcinho ou redução da pena em, pelo menos, um terço.
Marcinho entra na Justiça
Em dezembro de 2020, quando era jogador do Botafogo, Marcinho se envolveu em um acidente de trânsito que matou o casal de professores Alexandre Lima e Maria Cristina Soares. O jogador deixou o local sem prestar socorro e foi considerado culpado.
Para tentar a absolvição, Marcinho alega que o laudo do Instituto de Criminalística (ICCE) possui falhas metodológicas gravíssimas, acusando erro na determinação da velocidade do veículo. O documento diz que o jogador estava entre 86 e 110 km/h.
O jogador e seus advogados de defesa apresentaram um laudo de perícia e depoimentos de testemunhas que apontam que a velocidade do carro era de 74 km/h. Eles também refutam a fala de um policial, que afirmou que o veículo estava a 120 km/h.
Além disso, a defesa tenta transferir a culpa para o casal, em função das condições da via onde aconteceu o acidente. “As vítimas entraram abruptamente na via em local em que não havia faixa de pedestres nem era possível ao apelante enxergá-las a tempo de impedir o acidente, que por conta da dinâmica dos fatos, era absolutamente inevitável”, afirmam os advogados.
A defesa solicita a absolvição de Marcinho, que foi condenado por homicídio culposo — sem a intenção de matar. A decisão foi publicada dia 18 de abril e assinada pelo juiz Rudi Baldi Loewenkron, da 34ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.