Sucesso esportivo e saúde financeira nem sempre caminham juntos no futebol, mas o Brighton & Hove Albion F.C está provando que é possível aliar estes dois aspectos. As últimas temporadas do time na Premier League, onde conseguiu duas de suas melhores campanhas, sendo nono e sexto respectivamente, alavancaram os lucros do clube.
Todo esse sucesso financeiro é resultado de vendas significativas de seus principais jogadores, com destaque para Moisés Caicedo, que foi transferido para o Chelsea por 116 milhões de euros, valor recorde para o clube.
Alexis Mac Allister, campeão mundial pela Argentina, e o goleiro espanhol Robert Sánchez, também se transferiram para o Chelsea por 42 milhões e 23 milhões de euros, respectivamente. No total, a equipe do sul da Inglaterra arrecadou 187 milhões de euros (R$987 milhões) na janela de transferências.
Como funciona a estratégia financeira do Brighton?
Além de vender bem seus jogadores, uma parte chave desta estratégia é a inteligência de mercado do clube, que usa tecnologias como a inteligência artificial para identificar talentos subestimados e baratos. Além disso, o clube tem um forte plano B e C para cada venda, de modo que sempre consegue repor as peças que deixaram o time.
“A paciência é um dos principais fatores. Mesmo em tempos de insucesso, mantemos a confiança no trabalho a longo prazo”, confessou Paul Barber, CEO do Brighton, em entrevista à BBC. Todo esse planejamento e inteligência às vezes passam despercebidos, mas são os grandes responsáveis pelo sucesso financeiro e esportivo do time, segundo Iñigo Calderón, ex-jogador do Brighton.
Qual será o futuro do Brighton?
Todos esses fatores fazem com que o Brighton seja admirado por suas ações eficientes na Premier League. Focando em formação de jogadores e negociações ao redor do mundo para reforçar sua equipe, o clube investiu nos últimos anos mais de 204,9 milhões de euros (R$1 bilhão) com a missão de se manter na parte de cima da tabela.
Para a temporada de 2023 que se inicia, Brighton continua a mesma prática de focar na formação de jogadores e buscar reforços baratos e promissores. “Não somos um clube com fundos ilimitados, por isso temos de ser inteligentes no mercado” destaca Barber.
É certo que o Brighton se tornou um modelo de gestão a ser seguido na Inglaterra. A cada temporada que passa, o clube vem conseguindo melhorar seus resultados dentro de campo e fora dele, consolidando um futuro promissor e sustentável.