Na semana passada, a equipe jurídica encarregada por Felipe Massa deu o primeiro passo em direção ao reconhecimento do título mundial de Fórmula 1 de 2008. Os advogados do piloto enviaram à FIA (Federação Internacional de Automobilismo) e à FOM (Formula One Management) uma notificação preliminar que marca o início de um processo que será apresentado no sistema legal britânico.
Em uma entrevista à mídia antes do fim de semana do Grande Prêmio da Holanda, na volta da F1, o atual chefe da equipe Ferrari, Frederic Vasseur, foi questionado por jornalistas sobre a iniciativa de Felipe Massa.
“Como podem imaginar, não desejo fazer comentários sobre esse assunto, mas mantenho boas relações com todas as partes envolvidas. A situação é bastante complexa, pois as circunstâncias foram extremamente excepcionais.”, afirmou Vasseur.
“De forma mais ampla, e isso não se refere apenas a Felipe, acredito que também estamos buscando pressionar a FIA para que o resultado da corrida seja definido já na linha de chegada. E talvez isso… eu não sei, não quero fazer comentários, mas certamente seria estranho. Não sou um grande defensor de mudar o resultado de uma corrida [mesmo] 15 minutos após a bandeirada”.
Situação lamentável
Na época do acontecimento, o chefe da equipe Ferrari era Stefano Domenicali, que hoje é o CEO da F1. O processo de Massa foi motivado por declarações de Bernie Ecclestone, que era o responsável pela gestão da F1 naquele período.
Ecclestone afirmou que tinha conhecimento do ocorrido no GP de Singapura daquele ano, conhecido como “Crashgate”, no qual um acidente proposital de Nelsinho Piquet favoreceu Fernando Alonso. Poucos dias depois, Max Mosley, presidente da FIA em 2008, também confirmou que tinha ciência desse incidente.
Naquela corrida, Lewis Hamilton terminou em terceiro lugar, enquanto Massa finalizou em 13º. No desfecho da temporada, Hamilton venceu o campeonato por uma única diferença de ponto.