Quem inventou o apito de futebol?

Na atualidade, o apito é uma parte integrante das tradições do futebol, mas essa realidade nem sempre foi assim. Nos primórdios, quando o esporte era conhecido como um vigoroso jogo britânico praticado pelos súditos da Coroa Inglesa, os árbitros indicavam infrações por meio de vocalizações.

Conforme o esporte crescia em popularidade e os estádios ficavam repletos, os gritos dos torcedores sobrepunham-se às chamadas do árbitro para interromper o jogo. A solução encontrada para permitir que o árbitro fosse ouvido foi a adoção do apito, concebido em 1870 por Joseph Hudson, um inglês, originalmente para uso da polícia londrina.

Assim, em 1878, o apito fez sua entrada no mundo do futebol, permanecendo desde então. Diversos tipos de apitos emergiram, incluindo a Balila de metal com uma bolinha de cortiça, um dos modelos mais utilizados naquela época. Em seguida, vieram o Fox Clássico, Fox 40, Fox Pearl – todos de alta qualidade e muito empregados por árbitros.

No entanto, é fundamental exercer cautela e moderação no uso do apito. O uso excessivamente frequente e com o mesmo tom pode irritar os jogadores e diminuir seu impacto quando verdadeiramente necessário para destacar a gravidade de uma infração e chamar a atenção do atleta transgressor.

Quando surgiram os cartões?

Foi na Copa do Mundo de 1970, realizada no México, que os cartões amarelo e vermelho fizeram sua primeira aparição. No entanto, é crucial lembrar que as expulsões já ocorriam anteriormente, porém sem o uso desses distintivos.

A trajetória dos cartões teve início na Copa de 1966, quando o árbitro alemão Rudolf Kreitlein expulsou o argentino Rattín. O juiz tomou a decisão de expulsar o jogador devido a uma reclamação veemente, utilizando o gesto tradicional de apontar o dedo indicador em direção ao jogador e, em seguida, para fora do campo, como era costume à época.

No entanto, o jogador argentino ficou furioso e alegou não compreender o que o árbitro estava comunicando, exigindo a presença de um intérprete em campo. Ao final, Rattín assistiu ao restante da partida da arquibancada, mas não antes de danificar o mastro da bandeirinha de escanteio inglesa.