A Arábia Saudita foi o país que mais investiu no futebol durante a janela de transferências. Os clubes sauditas gastaram bilhões para contratar grandes estrelas do futebol mundial.
Diante desse cenário, muitas pessoas podem se perguntar: mas e o fair play financeiro? Será que ele é válido para os clubes árabes?
Existe fair play financeiro na Arábia Saudita?
A resposta para essa pergunta é um retumbante NÃO! As regras do fair play financeiro que são aplicadas na Europa, por exemplo, não são válidas para a Arábia Saudita.
Esse é o principal motivo pelo qual o país e os clubes investem tanto dinheiro no futebol. O esporte passou a receber dinheiro diretamente do governo, assim como o futebol chinês no início da década passada.
O fundo de investimento soberano da Arábia Saudita passou a enviar recursos financeiros para os quatro clubes mais populares do país: Al-Hilal, Al-Ittihad, Al-Ahli e Al-Nassr. Eles foram protagonistas na janela de transferências.
Além dos diversos jogadores contratados, os clubes oferecem propostas salariais praticamente irrecusáveis para os atletas. Tudo isso sem se preocupar com regras de fair play financeiro.
Para ilustrar, apenas os salários do volante Kante (Al-Ittihad) e dos atacante Cristiano Ronaldo (Al-Nassr), Benzema (Al-Ittihad) e Neymar (Al-Hilal) vão custar aos três clubes sauditas 580 milhões de euros (R$ 3,1 bilhões) por ano. Os atacantes são os três jogadores mais bem pagos do mundo.
O principal objetivo da Arábia Saudita é utilizar o futebol como uma ferramenta geopolítica para mudar a percepção do mundo sobre o país. O governo estuda lançar uma candidatura para sediar a Copa do Mundo de 2030, junto de Grécia e Egito, e os Jogos Olímpicos de 2036.