Os casos de racismo em competições sul-americanas aumentaram nos últimos anos. A fim de combater esse problema, a Conmebol anunciou uma nova parceria nesta quinta-feira (17).
A entidade fechou um acordo com o Observatório da Discriminação Racial do Futebol para prestar consultoria sobre o assunto.
Conmebol contra o racismo
O Observatório desempenhará o papel de elaborar uma cartilha racial para funcionários e dirigentes das confederações e acompanhar as campanhas de conscientização e educação sobre racismo. Além disso, vai prestar assistência técnica para consolidação de políticas de combate ao racismo.
O movimento da Conmebol veio após um aumento exponencial dos casos de racismo em 2023, especialmente contra times brasileiros. Só neste ano, 11 casos foram registrados entre Libertadores e Sul-Americana, sendo dez com brasileiros.
A parceria adotada pela Conmebol vem para ajudar a transformar os estádios em um ambiente livre de preconceitos, como disse o presidente Alejandro Domínguez. “A Conmebol tem trabalhado para consolidar espaços livres de qualquer tipo de violência, minimizar qualquer expressão de racismo e discriminação no futebol da América do Sul e defender os valores positivos que são a base deste esporte”, declarou.
O fundador do Observatório da Discriminação Racial, Marcelo Carvalho, também falou sobre a parceria. “O Observatório dá mais um importante passo na luta contra o racismo e na busca por um futebol mais inclusivo. Queremos, junto com a Conmebol, construir uma política antidiscriminatória que busca ir além de medidas punitivas”, disse.
Neste ano, a Conmebol mudou o regulamento para punir com mais rigidez os clubes cujos torcedores e/ou funcionários cometem atos racistas. A entidade pode aplicar multa que varia entre U$ 30 e U$ 100 mil e determinar partidas com portões fechados.