Clubes árabes deram calote milionário em Flamengo e Fluminense

O mercado árabe tem sido uma potência atualmente, mas Flamengo e Fluminense já vivenciaram situações constrangedoras de não pagamento de dívidas por atletas, precisando acionar a FIFA muitas vezes ou utilizar de artifícios para receber. Com o Tricolor, o caso masi emblemático foi a venda de Rivelino em 1978 por US$ 1 milhão ao Al-Hilal, que teve até cheques não compensados no Brasil.

O ex-presidente e vice de futebol do Fluminense, Silvio Kelly, que foi responsável por viajar juntamente com Rivellino para fechar negócio, falou sobre a dificuldade de receber, sendo necessário o acionamento à FIFA para reaver os valores.

“Normalmente, no futebol se usa de garantias de pagamento. Só não poderia imaginar que seriam cheques sem fundo. Recorremos à Fifa, e o presidente era o (João) Havelange, que era meu amigo. Foi rápido, a Fifa os intimou para que depositassem, caso contrário perderiam o jogador. Depois eles fizeram. Foi a primeira vez que deu problema numa negociação internacional, e como nós resolvemos, abrimos caminho para outros”, contou Silvio Kelly.

Outro caso masi recente aconteceu com o Flamengo, na venda de Hernane Brocador para o Al Nassr que não recebeu o valor durante o prazo estipulado e por isso, o Rubro Negro acionou a FIFA em 2017 e foi à Justiça para receber os valores pendentes e conseguiu receber € 5 milhões ao clube brasileiro referentes a três parcelas da compra do atleta.

O pagamento foi feito após muita pressão da FIFA, que chegou a excluir o clube árabe da Champions League da Ásia de 2018 como punição pela falta de pagamento.