Em 2001, a Copa América tomou caminhos bastante tortuosos por conta da crise de segurança que pairava na Colômbia, sede da competição naquele ano. Como resultado dos conflitos entre governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), duas seleções optaram por não disputar o torneio daquele ano, entre elas a Argentina.
A crise era tamanha que meses antes da disputa da Copa América, houve conflitos que resultaram na morte de 12 pessoas e entre os tantos feridos, o ex-técnico da Seleção Colombiana Javier Alvarez. Além disso, poucos dias antes do início do torneio, houve o sequestro do vice-presidente da federação colombiana Hernán Mejía.
Por decorrencia disso, o presidente da Associação de Futebol Argentino (AFA), Julio Grondona, fez uma recomendação para que a Argentina não viajasse para a Colômbia. A fala ganhou apoio também da assossicação de jogadores do país, que reiterou a posição. Portanto, na véspera da abertura do torneio a decisão final foi dada pelo comitê executivo da AFA.
“A falta de segurança na Colômbia foi o critério utilizado para ratificar a posição inicial (de Grondona)”, disse Óscar Giménez a jornalistas, na época.
Naquela edição ainda, o Canadá que era a equipe visitante ficou de fora por conta dessa crise, já que havia dúvidas quanto a confirmação da edição e por isso, sem tempo hábil para reunir o elenco, a equipe norte-americana se retirou, sendo substituída pela Costa Rica.
Sem a Argentina, o Peru ficou com a vaga dos Hermanos e a anfitriã Colômbia acabou campeã do torneio. O Brasil foi eliminado nas oitavas de finais da competição para a Seleção de Honduras.