A seleção brasileira feminina pode sofrer uma troca no comando técnico nas próximas semanas. A diretoria da CBF avaliou que houve algumas falhas no trabalho da sueca Pia Sundhage durante a Copa do Mundo.
O Brasil foi eliminado na fase de grupos do Mundial pela primeira vez desde 1995. Isso pode ter colocado em xeque a permanência de Pia no cargo.
CBF avalia o trabalho de Pia
Pia tem contrato com a CBF até o fim das Olimpíadas de Paris, em 2024. Após a eliminação, ela se separou da delegação e viajou para a Suécia, de onde enviou uma carta para o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, expressando sua vontade de permanecer no cargo.
A CBF não sabe quando a técnica retornará ao Brasil e aguarda sua volta para definir o futuro da sueca no cargo. Esse distanciamento entre Pia e a coordenação da entidade foi um dos pontos de crítica da diretoria.
A treinadora costumava tomar todas as decisões referentes à seleção com sua comissão técnica, sem consultar a coordenação na maioria dos casos, que tinha Ana Lorena Marche como supervisora. A CBF entende que a falta de debate para falar sobre questões táticas e técnicas atrapalhou o desempenho em campo.
Outro fator é o fato de Pia ainda não ter aprendido português. Isso foi considerado um problema pela CBF, já que afeta a comunicação entre os profissionais que fazem parte da delegação.
Por fim, a CBF encontrou um problema com relação ao estudo sobre as seleções adversárias. Pia e sua comissão pediram orçamento apenas para observar as seleções mais fortes e consideradas “favoritas”, ignorando adversários mais modestos.
Isso demonstrou que a técnica estava despreocupada com a fase de grupos do torneio e mirava confrontos contra equipes mais fortes no mata-mata. Na prática, o que aconteceu foi que a treinadora não soube armar o time para o duelo decisivo contra a Jamaica — que terminou com a eliminação do Brasil.