A acusação de estupro contra o lateral-direito Daniel Alves e a prisão preventiva do atleta na Espanha fizeram o São Paulo repensar o pagamento da dívida com o atleta. O presidente Júlio Casares acordou pagar R$ 20 milhões para romper o contrato de Daniel com o Tricolor em 2021.
A diretoria tentou encontrar brechas no contrato para encerrar o pagamento, mas o clube terá que continuar efetuando os depósitos para o jogador.
São Paulo e Daniel Alves
Durante as negociações para quebra do vínculo com o Tricolor, a diretoria concordou em pagar R$ 20 milhões para o jogador. A quantia seria quitada em 60 parcelas mensais de quase R$ 350 mil.
Com a prisão preventiva de Daniel, o clube acionou seu departamento jurídico para encontrar alguma brecha no acordo a fim de que o São Paulo parasse de pagar o atleta. Entretanto, isso não será possível.
A diretoria pensou em utilizar o argumento de que Daniel teria prejudicado a imagem do clube ao ser acusado de estuprar uma mulher. Porém, o incidente aconteceu no fim de 2022, quando o atleta estava sob contrato com o Pumas-MEX.
Já que o lateral não tinha mais vínculo com o São Paulo, o clube não pode acusá-lo de denegrir a imagem da instituição para encerrar a dívida. Desse modo, o Tricolor terá que continuar pagando o jogador até o fim de 2026, considerando o pagamento de 60 parcelas a partir do início de 2022 — que foi combinado entre as partes.
Daniel está preso de forma preventiva desde o dia 20 de janeiro. A Justiça espanhola encerrou as investigações sobre o caso nesta semana e o lateral será julgado pelo crime de agressão sexual. O julgamento ainda não tem data marcada.