Com sua morte recente aos 82 anos, após uma longa batalha contra o câncer de cólon, não tem como não relembrar as diversas histórias do maior jogador de futebol de todos os tempos, Edson Arantes do Nascimento, conhecido globalmente como Pelé.
Ele não só deixou marcas na elite do futebol, mas também acumulou uma série de histórias com times mais modestos. A relação entre Pelé e o São Bento, em 1957, é uma dessas histórias que marcaram a carreira do Rei do Futebol.
Naquele ano, o São Bento demonstrou interesse por Raimundinho, jogador do Santos FC, que estava fora dos planos da equipe da Vila Belmiro. Flavio Guariglia, diretor do São Bento à época, foi até Santos para tratar da negociação. No entanto, a história tomou um rumo inesperado.
Chegando em Santos, Guariglia foi recepcionado pelo ex-treinador Lula. Ao mencionar que tinha vindo contratar um jogador reserva do Santos, foi autorizado a escolher qualquer um daqueles que estavam no banco, dentre eles estava Pelé. Mas quem seria o escolhido por Guariglia?
Pelé foi mesmo recusado pelo São Bento?
Guariglia acabou escolhendo três jogadores, mas, para surpresa de muitos, Pelé não chamou sua atenção. Naquele momento, as escolhas foram Raimundinho, Waldir e Zézinho. O diretor do São Bento à época chegou a declarar que o clube santista também não conhecia Pelé de forma adequada.
O impacto dessa recusa só foi sentido posteriormente quando o Menino de Ouro despontou para o mundo do futebol. Raimundinho, uma das contratações feitas pelo São Bento naquele período, fez uma bela trajetória no clube, sendo artilheiro da segunda divisão do Campeonato Paulista de 1957, com 24 gols.
Apesar de não ter vestido a camisa do São Bento, essa história ficou marcada na carreira de Pelé e reforça a imprevisibilidade e a beleza do futebol. Quem diria que o Atleta do Século já foi um desconhecido sentado em um banco de reservas?