Em 2003, o Al-Sadd, clube de futebol do Qatar, havia anunciado a contratação do atacante Romário, que naquele momento estava no Fluminense. Segundo o assessor de imprensa da equipe, Jaled Jabr al-Nuaimi, o jogador ficaria três meses no Oriente Médio recebendo US$ 1,5 milhão (aproximadamente R$ 5,2 milhões).
“O Romário acertou com nossa equipe e jogará aqui por três meses, recebendo US$ 1,5 milhão. Esse acerto aconteceu há alguns dias” – afirmou o assessor.
Questionado se Romário seria o maior salário do futebol asiático, Jaled disse que havia outros jogadores que ganhavam mais, porém nenhum com o mesmo talento do Baixinho.
O Al-Sadd contratou Romário visando à disputa das quartas-de-final do Campeonato Asiático de Clubes nos Emirados Árabes Unidos. O time estava no Grupo C, que contava ainda com o Al Ain, dos Emirados Árabes Unidos, e o Al Hilal, da Arábia Saudita.
Atual campeão do Qatar na época, o Al Sadd havia ganhado o título asiático em 1989 e também conquistou uma Copa do Golfo. Seria o sétimo clube da carreira de Romário, o quarto no exterior. Ele havia atuado por Vasco, Flamengo e Fluminense no Brasil e PSV Eindhoven, da Holanda, e Barcelona e Valência, ambos da Espanha, além da seleção brasileira.
Foi um fracasso por lá
Mas havia um clube em que o homem dos mil gols não balançara as redes: o Al Saad, do Qatar. Seduzido por uma proposta do Oriente Médio, Romário trocara o Fluminense pela desconhecida equipe no início de 2003.
Em sua estada de três meses pelo Oriente Médio, Romário passara em branco. Fora titular em apenas três jogos, antes de ser barrado pelo técnico croata Luka Peruzovic, com quem tivera problemas de relacionamento.
A passagem do atacante pelo futebol do Golfo Pérsico foi lamentável. Ele não conseguiu marcar nenhum gol, participou de apenas três jogos do campeonato nacional e não obteve nenhuma vitória – foram duas derrotas e um empate. Além disso, a chegada de Romário causou ciúme entre os jogadores, e a imprensa não poupou críticas ao brasileiro e ao Al Saad.