Revisitamos um episódio muito marcante na história do futebol paulista: a final do Campeonato Paulista de 1998. A disputa ocorreu em 10 de maio, um domingo à tarde, no Estádio do Morumbi, em São Paulo, e envolveu os times São Paulo Futebol Clube e Sport Club Corinthians Paulista.
Mais que meros antagonistas em campo, essa partida marcou também o retorno triunfal de um atleta muito querido pelos torcedores. Raí, que era ídolo máximo do São Paulo e um dos símbolos da era dourada do clube, estava de volta, após jogar no Paris Saint-Germain, na França.
Para alegria da torcida, ele regressou com todo o vigor para ajudar o clube a alcançar um novo título. Tudo isso em apenas um jogo. Isso mesmo, Raí disputou apenas uma partida naquele campeonato.
A presença do talentoso meio-campista em campo só foi possível graças a uma brecha do regulamento, que não estabelecia prazo para inscrição no campeonato. Com isso, o São Paulo conseguiu assegurar o ídolo em campo para o derradeiro e decisivo duelo, ocasião em que finalizou o vínculo contratual com o time francês.
Como foi a participação do craque?
Embora Raí e São Paulo já tivessem um acordo firmado desde dezembro de 1997, só puderam oficializá-lo após a conclusão do contrato dele com o clube francês, em maio de 1998. No Brasil, o meia treinou apenas duas vezes com o time antes da final e convenceu o técnico Nelsinho Baptista a escalá-lo para a partida.
Vestindo a camisa 23, em homenagem a Michael Jordan, e substituindo Dodô na escalação, Raí abriu o caminho para a vitória por 3 a 1 sobre o Corinthians, ao marcar o primeiro gol da partida. Ele ainda assistiu França, que deu assistência para seu gol, marcar outras duas vezes.
Essa conquista reverenciou a figura de Raí, que com apenas uma partida foi peça fundamental na vitória do São Paulo no Paulistão 1998. A volta do ídolo ao clube foi crucial para encorpá-lo e conduzir os jovens atletas rumo à vitória.