David Beckham, ex-astro do futebol Inglês, se defendeu novamente das diversas críticas que vem recebendo em relação ao seu papel como embaixador oficial da Copa do Mundo de 2022 no Catar. O ex-jogador foi acusado de promover um país marcado por graves problemas de direitos humanos e legislação homofóbica. A questão acentuou-se ainda mais depois que David Beckham, de 48 anos, recebeu £10m (R$52 milhões) para endossar o evento global.
A conexão de Beckham com o Catar começou em 2013, quando ele ingressou no clube Paris Saint-Germain, de propriedade Qatariana. Desde então, sua popularidade e influência têm sido vistas como uma ferramenta para melhorar a imagem do país.
Em entrevista ao The Athletic, Beckham garantiu que qualquer associação ou parceria que ele assuma é sempre previamente considerada a partir de três aspectos: pessoais, comerciais e morais. Ele afirmou que, “o futebol pode mudar vidas e a percepção das pessoas”. E acredita que grandes eventos como a Copa do Mundo podem abrir portas para mudanças significativas em qualquer país.
Beckham e a comunidade LGBTQ+
Defendendo-se, ele se referiu como um “ícone gay”, e completamente confortável com sua decisão de apoiar a Copa do Mundo, apesar da legislação anti-LGBTQ+ do país. O astro do futebol afirmou que os organizadores Qatari prometeram uma Copa do Mundo acolhedora para todos e que são necessárias discussões para impulsionar as mudanças.
Muitos ainda acreditam que Beckham poderia ter se manifestado melhor durante o torneio e levantado questões mais perturbadoras. No entanto, ele argumenta que queria que o futebol e a atmosfera do evento “falassem por si mesmos”. Apesar da polêmica, Beckham continua a defender sua decisão e ressalta que sempre prioriza o diálogo e a comunicação como mecanismos primordiais para promover mudanças.