O Náutico Capibaribe, um dos clubes de futebol mais antigos e tradicionais do Brasil, possui um mascote que é tão icônico quanto sua história.
Fundado oficialmente em 7 de abril de 1901 no Recife, capital de Pernambuco, o clube tem suas raízes ligadas ao esporte náutico, o que influenciou a escolha de seu símbolo.
Origem do mascote carismático do Náutico: Timbu
A história do mascote do Náutico remonta a um jogo histórico em 19 de agosto de 1934.
Naquele dia, o time alvirrubro enfrentou o América-PE em uma partida que interessava ao seu rival, o Sport Club Recife. Caso o Náutico empatasse ou perdesse, o Sport assumiria a liderança na tabela.
O confronto e a provação do frio
No intervalo da partida, o tempo estava frio e chuvoso, e as condições do vestiário eram precárias.
O técnico do Náutico, Joaquim Loureiro, decidiu orientar os jogadores no gramado para mantê-los aquecidos.
Para enfrentar o frio, um dirigente alvirrubro levou uma garrafa de conhaque e pediu que os atletas tomassem um gole.
A torcida adversária, ao observar a cena, começou a provocar os jogadores do Náutico, gritando “timbu”, em alusão ao marsupial conhecido por apreciar bebidas alcoólicas.
No entanto, a provocação pareceu ter o efeito oposto, já que o Náutico venceu o América-PE por 3×1.
“Timbu de Chernobyl”: uma nova versão
Em uma partida contra o Sampaio Corrêa, o Náutico surpreendeu os torcedores com duas novidades de marketing.
Primeiramente, o clube estreou seu novo uniforme alternativo, projetado pela marca própria N Seis, com um padrão quadriculado em dois tons de vermelho.
Além disso, um segundo mascote apareceu na beira do campo, ao lado do já conhecido “Zequinha”.
As diversas versões do mascote do Náutico
Ao longo de sua história, o Náutico teve várias versões de seu mascote. Após a aposentadoria do boneco gigante, foram feitas mudanças pontuais no design até 2013, quando o mascote foi recriado em um concurso promovido pelo clube.
Esse modelo permaneceu por quatro anos até a chegada de Zequinha.
Zequinha: homenagem a um torcedor símbolo
Zequinha, o mascote do Náutico, leva o número 34 em sua camisa, em homenagem ao primeiro título estadual do clube.
Seu nome é uma lembrança a um torcedor símbolo do Náutico, que sempre esteve presente nas arquibancadas, apoiando a equipe com fervor.
Os grandes ídolos do clube
Ao longo de sua história, o Náutico teve jogadores que se tornaram verdadeiros ídolos para a torcida. Bita, um dos maiores atacantes do clube, foi fundamental na conquista do hexacampeonato pernambucano na década de 60.
Além dele, Jorge Mendonça, Baiano e Kuki também são lembrados como grandes ídolos alvirrubros.
Cores e uniformes: tradição alvirrubra
O Náutico tem em suas cores oficiais o vermelho e o branco, que estão presentes no uniforme tanto do futebol quanto do remo.
Ao longo dos anos, o padrão de uniforme apresentou variações, mas a combinação das cores tradicionais sempre esteve presente, refletindo a identidade do clube.
O hino oficial do Náutico, composto pelo músico Tovinho, enaltece a força, a raça e a paixão do clube. Suas letras fazem referência às cores do time e à paixão dos torcedores, ressaltando o orgulho de fazer parte da nação alvirrubra.
O escudo oficial do Náutico exibe as cores vermelho e branco, bem como elementos que remetem aos esportes náuticos.
Os remos são um símbolo marcante, que remonta às origens do clube. No escudo, também se destacam o ano de fundação do clube e as iniciais de seu nome completo.
O estádio Eládio de Barros Carvalho, conhecido como Aflitos, é a casa do Náutico em Recife. Construído em 1939, o estádio já testemunhou momentos históricos e emocionantes para a torcida alvirrubra.
Mesmo com uma breve passagem pela Arena Pernambuco, o Náutico retornou ao Aflitos em 2018, local onde a paixão pelo clube se manifesta em toda a sua intensidade.
O clássico dos clássicos: a rivalidade com o Sport Recife
O maior rival do Náutico é o Sport Club Recife, também da capital pernambucana. Os dois times protagonizam o tradicional “Clássico dos Clássicos”, um confronto cheio de emoção e rivalidade.
Desde o primeiro duelo em 1909, as equipes se enfrentam com frequência no estadual e em diferentes divisões do Brasileirão.
O mascote Timbu é uma figura carismática e cheia de história que representa a força, a raça e a paixão do Clube Náutico Capibaribe.
Surgido em um jogo marcante em 1934, o mascote se tornou um símbolo duradouro e querido pelos torcedores alvirrubros.
Ao longo dos anos, o Náutico construiu uma trajetória de sucesso, com títulos, ídolos e rivalidades que fazem parte da essência desse clube centenário.
Seja nos Aflitos ou em qualquer outro lugar, o Timbu e sua torcida continuam a escrever a emocionante história do Náutico no futebol brasileiro.