Hoje um pouco mais afastada do futebol brasileiro, a Coca-Cola já viveu dias de reinado em Terras Tupiniquins. Aconteceu em 1987, quando a maioria dos clubes do nosso país tinham a marca de refrigerantes como patrocinador máster na camisa.
Este ano foi cercado de acontecimentos no futebol do Brasil. Primeiro a CBF, que decretou falência. Com isso, veio a criação do Clube dos 13. Foi também em 87 que começou a disputa entre Flamengo e Sport pelo título do Brasileirão, algo que perdura até os dias de hoje e causa bastante conflito entre as torcidas.
E há quase 36 anos, o Clube dos 13 fechava um acordo de patrocínio com a Coca-Cola por 1 milhão de dólares. O valor, que parece uma ‘mixaria’ nos dias de hoje, era algo astronômico para a época. A partir daí, vários times brasileiros passaram a utilizar a marca da gigante americana nos seus uniformes.
O refrigerante era – e ainda é – bastante popular e de fácil acesso a população. Dessa forma, parecia ser um sucesso juntar a marca com o esporte, que já era consolidado como o mais popular do Brasil e do planeta. Além dos clubes, a Coca-Cola também aparecia em placas publicitárias pelos estádios do país.
E não para por aí, a empresa também tinha uma parceria com a Fifa para a Copa do Mundo. Além disso, um dos garotos-propaganda da marca era Zico, que na época era um dos melhores jogadores em atuação.
Apesar disso, nem tudo foi flores. Flamengo e Corinthians, os dois times de maior torcida nacional, não aceitaram o acordo. O presidente do Timão na época afirmou que não gostaria de utilizar o mesmo patrocínio de seus rivais, como o São Paulo. Já o Grêmio, por exemplo, até aceitou, mas não nas cores vermelhas tradicionais da marca.
Ao total, 10 dos 16 clubes que disputaram a Copa União tinham o patrocínio da Coca-Cola. A empresa de refrigerantes ficou no futebol brasileiro até 1994. Até hoje, muitos colecionadores procuram camisas com o patrocínio da gigante americana. Os uniformes são considerados extremamente raros.