O duelo entre Corinthians e Universtario-PER pelos playoffs da Copa Sul-Americana continua gerando polêmicas fora de campo. Dentro das quatro linhas, o Timão venceu os dois jogos e avançou para as oitavas de final do torneio.
O técnico do Universitario, o uruguaio Jorge Fossati, fez críticas ao meia Ryan, do Corinthians, e ainda comparou a comemoração do jogador com gesto racista feito por Sebastian Avellino Vargas, preparador físico do clube peruano.
O que disse o técnico do Universitario?
Ryan marcou o gol da vitória alvinegra na partida de volta, no Peru, na última terça-feira (17). Na comemoração, o jogador de 20 anos mostrou a camisa para a torcida rival, o que desencadeou confusão, briga, expulsão de ambos os lados e a entrada de policiais em campo.
Na coletiva após classificação, o técnico Vanderlei Luxemburgo pediu desculpas pela atitude do jogador, que nunca havia disputado uma competição internacional antes. A juventude do atleta não foi um argumento convincente para Jorge Fossati.
O técnico ironizou a situação e fez uma comparação com um gesto feito pelo preparador físico do clube na partida de ida. O funcionário está preso em São Paulo há uma semana.
“No jogo de lá [São Paulo], falaram “índio” ao banco de reservas durante todo o jogo. Que eu saiba, índio pretende ser uma palavra ofensiva ou racista. Isso não se falou lá, parece que ninguém ficou sabendo, só escutaram um lado”, disse. Ele também se irritou com o fato de não ter tido punição para o atleta alvinegro.
“Agora aqui, de novo, não aconteceu nada pelo gesto (de Ryan) de mostrar a camisa. Isso é rir da cara ou o quê? O garoto tem o que, 12 anos? Mas lá, por um gesto, tem um preparador físico preso há sete dias. Aqui tem que desculpar porque, pobrezinho, é um jovenzinho”, ironizou
Sebastian Avellino Vargas foi preso preventivamente após câmeras da Neo Química Arena captarem o preparador físico fazendo gesto racista para a torcida do Corinthians. Ele fez um sinal imitando um “macaco” próximo ao banco de reservas da equipe visitante.
Em depoimento, o funcionário negou ter praticado o ato. Sebastian teve o pedido de habeas corpus negado e segue preso em São Paulo.