O ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo teve seu provimento de defesa negado pelo Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O ex-dirigente está sendo investigado por assédio moral e sexual de uma funcionária e está afastado por 2 anos por conta desse caso.
Cabloco entrou com uma contestação pela punição de dois anos que foi dada pelo Comissão de Ética do Futebol Brasileiro, há dois anos. Em defesa do ex-dirigente, o diretor jurídico da CBF, Gamil Foppel foi ao STJD e defendeu Cabloco.
“Não se trata de matéria de competições desportivas. Não se trata de uma sanção desportiva pelo que esse tribunal não tem competência. Mas ainda que competência tivesse, tendo em vista a decadência, tendo em vista a ausência de assinatura na petição de recurso. Tendo toda matéria de fundo a este assunto, é importante, dentro desta função pedagógica, que esta corte dê um recado forte, austero e importante: que o futebol brasileiro entrou em outro tempo”, disse o advogado da CBF.
No julgamento, ainda, a defesa de Rogério Caboclo pediu o retorno do dirigente à presidência da CBF alegando, além da inocência do ex-presidente que existia supostos “vícios e nulidades na condução do processo pela comissão (de ética)”.
O caso
Em junho de 2021, Rogério Caboclo recebeu acusação de assédio moral e sexual. Assim, sofreu afastamento inicialmente por 30 dias pelo Comitê de Ética da entidade.
Entre as denúncias, uma funcionária da CBF relatou sofrer constrangimentos em viagens e reuniões com o presidente e na presença de diretores da entidade.
Além disso, citou uma vez que Caboclo perguntou se a mesma se masturbava e, em outra ocasião, que o chamou de cadela. Caboclo, por sua vez, sempre negou as acusações.