O verão não será fácil para Daniel Levy, líder do Tottenham Hotspur. A situação de Harry Kane, considerado o melhor jogador de uma geração do clube, tornou-se um cenário de perde-perde. A menos que algo incrível aconteça, o contrato do atacante britânico irá expirar no próximo verão, o que permitirá que ele se junte a um novo clube sem custos.
Ao mesmo tempo, o novo treinador do Spurs, Ange Postecoglou, está tentando persuadi-lo a assinar um novo contrato. Contudo, as chances maiores são de que Kane encontre um novo rumo. Após 280 gols pelo clube, parece que estamos próximos do último ato de Kane no Tottenham. Isso leva a uma questão importante: o que fazer nessa situação se você é Levy e a cúpula do clube?
A situação delicada de Harry Kane
Com apenas um ano restante em seu contrato, Kane possui o controle da situação. Sabemos que Levy é um negociador sagaz e inflexível – será que ele permitirá que seu atleta mais valioso parta sem custos? No momento, o Tottenham ainda traz um valor de 120 milhões de libras para o atacante, mesmo após rejeitar uma oferta de 70 milhões do Bayern de Munique.
Com essa recusa, parece cada vez mais provável que o Tottenham esteja pronto para ser intransigente. O Mail Sport analisou a situação por dois ângulos: a possibilidade de obter lucro com a saída de Kane ou o risco de mantê-lo no clube.
A opção de vender Harry Kane
Mirando na lógica ao invés do emocional, vender Kane parece a melhor opção. Com um dos mais talentosos atacantes do mundo futebol em mãos, que em seis meses poderá negociar com outros clubes, o Tottenham corre o risco de perdê-lo sem ganhar nada em troca.
Por outro lado, se o Tottenham decide vender Kane, terá que fazer um sacrifício, já que 120 milhões de libras parece ser um valor inalcançável para a maioria dos interessados. Dentre os interessados, o Manchester United já desistiu de Kane devido à alta valorização, agora buscando opções como Rasmund Hojlund do Atalanta e Randal Kolo Muani do Frankfurt.
Manter Harry Kane na equipe
A outra opção é manter Kane, que parece mais fácil mas é certamente mais arriscada. Mantê-lo significa garantir mais um ano com um atacante de primeira linha, mas também significa abrir mão de qualquer chance de um bom retorno financeiro.
É importante lembrar que Kane foi crucial para a temporada do Tottenham no último ano. Seu desempenho garantiu 24 pontos na temporada, 40% do total de 60 pontos do clube – a maior proporção de qualquer jogador.
Permitir que Kane encerre seu contrato e saia sem nenhum custo não seria uma decisão de negócio inteligente e só se daria como resultado da intransigência do Tottenham. Parece que a opção mais sensata para todas as partes seria deixar Kane partir neste verão. Se Kane realmente quiser se juntar ao Bayern e planeja sair do Tottenham na próxima temporada de qualquer maneira, há algum ponto em adiar o inevitável?