Pela primeira vez em muito tempo, a Globo não vai transmitir todos os jogos da Copa do Mundo. Em evento na última terça-feira (11), a emissora carioca anunciou que vai exibir 52 dos 104 jogos que vão acontecer no Canadá, México e Estados Unidos, em 2026.
Dessa forma, o modelo vai seguir a estratégia para a Copa do Mundo Feminina, que começa daqui a duas semanas. A ideia da Globo é mostrar apenas metade das partidas, mas claro, com todos os jogos da Seleção Brasileira.
“São mais jogos no masculino porque são 48 seleções. Temos metade das partidas e todas da seleção brasileira”, destacou Renato Ribeiro, diretor de esportes da emissora.
Mas o que a Globo perde e as outras ganham com isso?
O colunista do “UOL Esporte”, Allan Simon, analisou alguns pontos importantes nessa nova estratégia da emissora carioca. O primeiro ponto passa pelo fato de que é toda a empresa que terá essa limitação, ou seja, SporTV, “ge” e Globoplay também não vão exibir todos os jogos.
Já o segundo se refere aos direitos de transmissão. Além da Vênus Platina, a CazéTV, com um novo modelo de mostrar as partidas no streaming, adquiriu todos os duelos da Copa Feminina e o mesmo deve acontecer daqui a três anos.
O terceiro se refere ao que foi citado acima, a metade dos jogos e não a sua totalidade. E por fim, o quarto, a emissora carioca até vai ter prioridade na escolha dos jogos, mas não vai poder ‘pegar tudo’, já que tanto a Cazé como o Fifa+ poderão pegar exclusividade de jogos importantes que não envolvam o Brasil.
Por fim, a Globo perde não só na TV aberta, mas também na TV paga. O “SporTV”, carro-chefe da emissora no esporte, ficará desfalcado sem poder transmitir todos os duelos e ainda pode ver uma concorrente, como a ESPN, abocanhar algumas partidas ou até levar o pacote completo.