No dia 06 de julho de 2023, a residência de Nasser Al Khelaïfi, presidente do Paris Saint Germain (PSG), foi alvo de uma busca judicial. A ação faz parte de uma investigação motivada por uma acusação denunciada por um lobista que sustenta que Al Khelaïfi é responsável por sua prisão de vários meses no Catar.
A notícia da determinação judicial contra o dirigente do PSG foi divulgada pelo site de informações Mediapart. Segundo a nota divulgada, os investigadores e o juiz responsável esperaram pela chegada de Al Khelaïfi em seu avião para obter sua autorização para o procedimento.
Quem é o acusador de Nasser Al Khelaïfi?
A acusação contra Al Khelaïfi parte de Tayeb Benabderrahmane, um empresário franco-argelino que se estabeleceu em Doha em junho de 2019 contratado pelo Comitê de Direitos Humanos do Catar como consultor.
Ele afirma que no ano seguinte foi sequestrado e passou seis meses em uma prisão secreta, onde foi interrogado sobre documentos supostamente comprometedores para o principal responsável do PSG. Foi permitido que ele deixasse o país no final de 2020, mas apenas depois de assinar um protocolo que o obrigava a manter o ocorrido em segredo e não divulgar esses documentos.
Quais são as implicações do caso?
Na última semana, o juiz francês conduziu uma busca nas oficinas da ex-ministra da Justiça e prefeita do distrito VII de Paris, a conservadora Rachida Dati, bem como as dos advogados Olivier Pardo e Francis Szpiner por possível envolvimento no caso.
Benabderrahmane alega que a ex-ministra atuou como intermediária para que ele assinasse, sob pressão, esse acordo de confidencialidade favorável aos interesses do Catar. Em contrapartida, os advogados de Al Khelaïfi anunciaram em abril que pretendiam formalizar uma denúncia por difamação contra o lobista.
Um porta-voz de Al Khelaïfi, citações pelo France Info, enfatizou que o líder futebolístico qatari cooperou com as autoridades “como tem feito desde o primeiro dia” e insistiu que “Nasser Al Khelaïfi é uma vítima neste assunto”.